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Tabagismo cresce na pandemia e gera alerta para onda de câncer de pulmão

FOTO: ILUSTRAÇÃO

O isolamento social, medida adotada pelas autoridades para frear o contágio do novo coronavírus (SARS-Cov-2), mexeu com o psicológico de muitas pessoas ao redor do mundo. Só no Brasil, segundo um levantamento da Universidade do Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), os casos de ansiedade aumentaram em 80%.

Além disso, a prática de ficar em casa ininterruptamente têm gerado outros comportamentos na população, como o aumento do tabagismo . De acordo com um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), feito em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais e a Universidade Estadual de Campinas, 34,3% dos que se declararam fumantes passaram a consumir mais cigarros por dia durante o período de isolamento social: 22,8% aumentaram em dez, 6,4% em até cinco e 5,1% em 20 ou mais cigarros.

Corroborando os estudos, em entrevista ao Portal iG , o Dr. José Rodrigues Pereira, pneumologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo – culpa o momento atípico.

“Com o distanciamento, as pessoas ficaram mais apreensivas e inseguras em relação ao emprego, à possibilidade de contrair a doença, preocupadas com a manutenção da renda e com a saúde. Toda essa ansiedade acumulada foi descontada não só no cigarro, mas também na bebida alcoólica, que é uma combinação explosiva, visto que o consumo de álcool favorece o de cigarro”.

iG

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