Um dos suspeitos do ataque contra a produtora do Porta dos Fundos, o empresário Eduardo Fauzi está em Moscou, na Rússia. De acordo com a Rede Globo, ele viajou na tarde do dia 29 de dezembro para Paris, um dia antes da expedição do mandado de prisão. Imagens mostraram que ele chegou de táxi ao Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Zona Norte do Rio.
A polícia do Rio já pediu a inclusão do nome de Fauzi na lista de procurados pela Interpol. Segundo a TV Globo, o empresário tem uma namorada que mora em Moscou.
Fauzi está foragido desde terça-feira, 1, quando foi alvo de uma operação policial, e publicou um vídeo na internet no qual chama os integrantes da produtora de “criminosos, marginais e bandidos”. Nas imagens, ele expõe críticas ao especial de Natal do Porta dos Fundos (“A primeira tentação de Cristo”) por retratar Jesus Cristo como homossexual.
Veja o vídeo
Os investigadores acreditam que o grupo responsável pela ação era formada por cinco pessoas — Fauzi seria o motorista do carro que aparece nas imagens registradas por câmeras de segurança. Em uma das gravações, ele é visto após o ataque em uma rua de Botafogo desembarcando e retirando uma fita que escondia a identificação do automóvel.
Além de Fauzi, que atuava como guardador de carros no Rio, a polícia também investiga outras quatro suspeitos de participação no ataque. Eles poderão ser indiciados por associação e organização criminosa.
A Delegacia de Crimes de Informática (DRCI) do Rio já quebrou, com autorização da Justiça, a quebra de sigilo de dados telemáticos desses suspeitos. Nos próximos dias, mensagens enviadas por eles em plataformas como e-mail, Whatsapp, Facebook e Messenger serão analisadas pela corporação.
O episódio envolvendo o Porta dos Fundos não foi a primeira passagem de Fauzi pela polícia. Ele possui 20 anotações criminais em sua ficha e é investigado por envolvimento com uma milícia que atua no Centro do Rio. Em 2013, ele foi preso em flagrante por ter dado um soco no então secretário de Ordem Pública Alex Costa durante uma entrevista e, em fevereiro do ano passado, acabou condenado a quatro anos de prisão por esse caso.
Com informações: Extra