Desde a semana passada, quando um vídeo de sexo em grupo envolvendo seis adolescentes dentro de um ônibus abandonado em Cascavel, no Paraná, começou a circular nas redes sociais, a PCPR (Polícia Civil do Estado do Paraná) expandiu as investigações sobre o caso.
Agora, a corporação confirmou que também vai investigar todas as pessoas que armazenaram ou compartilharam o conteúdo que envolveu adolescentes de cerca de 15 anos, conforme o Mirelle Pinheiro, do Metrópoles. Alguns dos adolescentes já foram identificados pela PCPR, inclusive.
O assunto explodiu nas redes sociais, principalmente no X (antigo Twitter) e no TikTok. Enquanto alguns usuários refletiram sobre o caso, muita gente acabou usando a situação para ganhar seguidor, oferecendo o vídeo em troca de curtidas ou follows e até dinheiro.
Em um comentário, por exemplo, uma mulher disse: “Tenho todos os vídeos da suruba em ônibus. É só me seguir que mando no direct”. Centenas de pessoas responderam mostrando interesse.
E não parou por aí. Em outro post sobre o caso, apareceram centenas de comentários de homens, mulheres e até adolescentes prometendo compartilhar o vídeo de “suruba em ônibus”. A suposta menina envolvida no caso se manifestou nesta semana e afirmou ser vítima.
Como a polícia pode identificar quem compartilhou o vídeo de ‘suruba em ônibus’
Apesar do rebuliço, é importante dizer que receber ou repassar conteúdos de cunho sexual envolvendo crianças e adolescentes não é apenas errado, mas também configura crime. Quem explica é a advogada criminalista Larissa Kretzer, em entrevista ao ND Mais.
Segundo ela, o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) prevê duas tipificações para esse tipo de crime. O artigo 241A pune quem envia, compartilha ou publica esse material, com pena que varia de 3 a 6 anos de prisão, além de multa. Já o artigo 241B se aplica a quem adquire ou armazena o conteúdo, prevendo 1 a 4 anos de prisão e multa.
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