A HotMilhas, subsidiária da 123 Milhas, suspendeu temporariamente todas as negociações envolvendo milhas aéreas.
Em uma mensagem no site da empresa – que é do mesmo grupo financeiro da Max Milhas –, a companhia informa que “as vendas de milhas estão temporariamente suspensas”.
Pelo menos desde o dia 26 de agosto, há uma série de relatos de consumidores que haviam vendido suas milhas pelo site e não estavam recebendo os pagamentos no prazo.
Com a crise deflagrada na 123 Milhas, que suspendeu a emissão de passagens e a venda de pacotes promocionais com embarques previstos para o período entre setembro e dezembro deste ano, empresas “irmãs” como Maxmilhas e HotMilhas também foram afetadas.
Fundada em 2017, em Belo Horizonte, a 123 Milhas faz a intermediação de compra e venda de milhas aéreas para os clientes. A empresa compra milhas acumuladas que não são usadas pelos clientes dos programas de milhagem das companhias aéreas e as utilizam para emitir passagens, vendendo pacotes ao consumidor final a preços competitivos.
Em pouco tempo, a 123 Milhas se tornou a maior agência on-line de venda de passagens no Brasil. Ela é considerada uma “copycat” – empresa que “clona” o modelo de negócio e as funcionalidades de outras companhias. Desde sua fundação, a agência já realizou o embarque de cerca de 15 milhões de clientes para destinos nacionais e internacionais. No início do ano, a 123 Milhas anunciou uma fusão com a concorrente Max Milhas, união que somava R$ 6 bilhões em vendas.
A empresa tem como sócios Ramiro Julio Soares Madureira, Augusto Julio Soares Madureira (administradores) e Cristiane Soares Madureira do Nascimento (que consta como sócia pela empresa Novum Investimentos Participações). Na semana passada, a CPI das Pirâmides Financeiras, da Câmara dos Deputados, aprovou a convocação dos gestores e a quebra de sigilo bancário e fiscal da empresa e de seus sócios.
Metrópoles