Uma marca chinesa de sorvetes está no centro de uma polêmica após revelações de que seus produtos não derretem em temperaturas quentes ou quando expostos ao fogo. Desde esta terça-feira, quando vídeos nos quais consumidores submetem os produtos a testes com isqueiros ou termômetros, a empresa Zhong Xue Gao vem sendo questionada sobre as matérias primas que utiliza.
Apelidada de “Hèrmes do sorvete”, em referência à marca francesa de luxo, a Zhong Xue Gao comercializa os picolés mais caros da China. Os produtos da empresa não são vendidos no Brasil.
Os vídeos com os testes viralizaram nas redes sociais chinesas. Em um deles, uma pessoa acende o isqueiro e aproxima a chama de picolé de chocolate. O produto não sofre qualquer alteração.
Em outro, um picolé de coco resiste ao aumento da temperatura. Um consumidor coloca o produto a uma temperatura de 31ºC e, depois de 1h, o produto não havia derretido.
A divulgação dos vídeos levou os consumidores a questionarem o uso possivelmente excessivo de espessantes e aditivos artificiais na produção do sorvete. O principal deles é a carragenina, um extrato natural de algas vermelhas e amplamente utilizado na produção de sorvetes e bebidas para auxiliar na estabilidade das proteínas do leite nesses produtos.
De acordo com a Zhong Xue Gao, o sorvete Salt Coconut tem 0,032 gramas de carragenina e está de acordo com as normas nacionais.
Em um comunicado divulgado no Weibo, uma rede social chinesa semelhante ao Twitter, a empresa informou que seu sorvete Salt Coconut é feito principalmente de leite (35,8%), creme light (19,2%), leite de coco (11,2%), leite condensado (7,4%) e leite em pó integral (6%).
A empresa afirmou, ainda, que os sorvetes da Zhong Xue Gao normalmente derretem de 3 a 5 minutos após abertos. E que esta é a primeira vez que a marca ouve falar de um produto que não derrete quando queimado.
PGNE