Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio, sobrinho de Jair Bolsonaro (PL), foi exonerado do cargo de assessor da liderança do PL no Senado. A demissão foi motivada porque ele não aparecia nos horários de expediente desde a primeira semana de março.
A informação foi divulgada na coluna de Juliana Dal Piva, no UOL. Ele estava na função desde dezembro de 2021. Na página da transparência do Senado, a situação dele consta como “desligado”.
Léo Índio é primo de Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro. No Senado, ele exercia o cargo de auxiliar administrativo júnior e recebia salário de R$ 5.735,93.
O senador Carlos Portinho (PL-RJ), responsável pelo gabinete da liderança do partido até 10 de junho, divulgou uma nota, afirmando que Índio era “responsável pelo setor de relações institucionais da liderança com ministérios e demais órgãos de governo”.
De acordo com relatos ouvidos pela coluna, já em 2021 o sobrinho de Bolsonaro ia pouco ao Senado. No curto período de trabalho, ele chegou a colocar em sua mesa uma caneca com a inscrição “cloroquina”. Léo Índio é pré-candidato a deputado distrital pelo PL.
Léo Índio fez lobby para venda de simulador de tiro ao governo
Em maio foi divulgada a informação que Índio, na verdade, atuava como lobista, fazendo a ponte entre empresas privadas e governo.
Uma das negociações envolvia uma empresa argentina fabricante de simuladores de tiro. Tratava-se do grupo Davnar, com sede em Buenos Aires e que buscava oferecer os simuladores a órgãos oficiais.
A empresa vinha tentando cavar um espaço na agenda do governo, até que um amigo do clã Bolsonaro entrou em cena e pôs Léo Índio para intermediar a negociação com os órgãos federais. A ideia era facilitar a entrada da empresa nos órgãos oficiais.
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