Em um período de 10 anos, os sindicatos brasileiros perderam 5,275 milhões de trabalhadores filiados, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (15/9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base em números da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).
Em 2022, cerca de 9,134 milhão de trabalhadores estavam associados a algum sindicato, o que correspondia a 9,2% da população ocupada (99,6 milhões de pessoas). É a primeira vez que o país atinge patamar inferior a dois dígitos. Em 2012, 16,1% dos ocupados eram sindicalizados (14,409 milhões).
Apenas nos últimos três anos, durante a pandemia de Covid-19, segundo o IBGE, 1,325 milhão de trabalhadores deixaram de ser sindicalizados no Brasil.
Isso significa que, apesar da alta de 4,9% no total de pessoas trabalhando no país em relação a 2019, houve uma queda de 12,7% no total de sindicalizados. Em 10 anos, esse contingente recuou 36,6%, enquanto a população ocupada cresceu 11%.
Para Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, a reforma trabalhista, aprovada em 2017 pelo Congresso Nacional, é uma das responsáveis pela queda do número de trabalhadores sindicalizados.
Metrópoles