Representantes de todas as Unidades Regionais de Saúde (Ursaps) e dos municípios da Grande Natal estão reunidos durante todo o dia de hoje (10) na sede da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) para estabelecer a nova metodologia de trabalho em relação às crianças com microcefalia e óbitos.
O objetivo da Coordenação de Promoção à Saúde (CPS) é a descentralização, definindo estratégias para que os municípios sejam co-responsáveis na notificação, monitoramento e atualização dos dados.
“Estamos elaborando estratégias tanto para os municípios que já estão em acompanhamento dos casos quanto para aqueles que ainda não enviaram notificação. É necessário a articulação e integração para efetivamente monitorar essas crianças”, informou a coordenadora da CPS, Cláudia Frederico.
A definição da metodologia é importante para, entre outros objetivos, evitar a notificação de casos em duplicidade. A Sesap já se deparou com este tipo de problema, quando se defrontou com a notificação de um mesmo caso por um município, maternidade e ainda o registro por outro tipo de serviço.
A definição do método de trabalho chega no momento em que o Ministério da Saúde passou a adotar novos critérios para identificação dos bebês com microcefalia. Anteriormente, os bebês que tivessem cérebro com tamanho igual ou inferior a 32 cm era considerado como caso suspeito de malformação. Agora haverá diferenças entre o sexo masculino e feminino. Para meninos, a medida será igual ou menor a 31,9 cm e para meninas 31,5cm .
Microcefalia
O Rio Grande do Norte permanece com 383 casos suspeitos de microcefalia relacionada às infecções congênitas. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), por meio do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS/RN), e se referem à semana epidemiológica 09 (terminada em 5/3/2016), que manteve o total de notificações da semana anterior.
Entre os casos notificados, 305 são de nascimentos ocorridos em 2015, 68 são de nascimentos ocorridos até 5 de março deste ano, 2 foram abortos, 4 intraútero e 3 em 2014. Do total de notificações, 78 foram confirmados, 278 estão sob investigação e 27 foram descartados, por apresentar exames normais, por apresentar microcefalia e/ou malformações congênitas por causas não infecciosas ou por não se enquadrar nas definições de casos.