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Servidores da Saúde e Sesap discutem destino do Hospital Ruy Pereira

PARA O SECRETÁRIO-ADJUNTO DA SESAP, PETRÔNIO SPINELLI, O MOMENTO NÃO É PARA AVALIAR A ESTRUTURA DO PRÉDIO, MAS A LINHA DE CUIDADO COM OS PACIENTES. FOTO: FÁBIO CORTEZ

O secretário adjunto da Saúde, Petrônio Spinelli, visitou na manhã desta quarta-feira, 16, as dependências do Hospital Regional Ruy Pereira, em Petrópolis, e se reuniu com a direção e servidores do hospital.

A Sesap afirma que tem empenhado esforços em definir a melhor conduta para alocar, na rede de saúde existente, os 60 leitos de enfermaria e 10 de UTI hoje existentes no hospital.

Embora o comprometimento da estrutura do prédio demande celeridade da solução do problema, as decisões estão sendo tomadas de forma racional e cautelosa, de forma a garantir a assistência adequada aos pacientes que necessitam de tratamento vascular. De acordo com a Sepap, Secretaria está em constante negociação com as unidades que podem abrigar os leitos, entre elas o Hospital Coronel Pedro Germano, pertencente à Secretaria de Segurança e Defesa Social.

O secretário visitou leitos, conferiu detalhes da estrutura e foi informando, por funcionários, pacientes e acompanhantes das principais demandas do hospital, que é atualmente a referência no estado para cirurgia vascular.

Não estamos discutindo o prédio e sim a linha de cuidado. Há 60 pacientes internados, precisando desse espaço, e precisamos de no mínimo a mesma quantidade de leitos para oferecer o serviço com mais qualidade. Estamos trabalhando a discussão a partir da linha de cuidado e de saber quais outros serviços podem dar a devida assistência vascular a esses pacientes”, disse Petrônio.

No Ruy Pereira trabalham 360 servidores, mais cerca de 70 terceirizados, além de contratos com cooperativas. Lá são feitas mais de 200 cirurgias por mês e a expectativa é de terminar o ano de 2019 tendo realizado mais de dois mil procedimentos.

“Essa não é uma luta fácil. Não há dia de fechamento, o que existe é um processo que precisa ser feito de forma segura com foco na segurança dos envolvidos, pois queremos uma transição pactuada, com melhora da qualidade, e queremos que os servidores do Ruy participem de qualquer transição que aconteça”, afirmou o secretário adjunto.

O secretário lembrou que há medidas necessárias que podem amenizar os problemas já identificados. “Mesmo havendo transição ela precisa de uma lógica de racionalidade. Identificar locais de maior risco dentro do hospital, relocar setores dentro desse olhar. Sem subestimar os riscos existentes, trabalhar um plano de relocação interna que minimize os riscos”.

Na reunião com os servidores os participantes puderam explanar suas opiniões e ao final foi sugerida a formação de uma comissão composta por gestores do nível central e servidores do Ruy Pereira para acompanhar todas as decisões e medidas a serem adotadas em torno da definição a ser dada.

O hospital

O Hospital Ruy Pereira, que foi inaugurado em outubro de 2010 e funciona no prédio do antigo Itorn no bairro de Petrópolis, possui um centro cirúrgico com três salas; o ambulatório especializado atende 20 pessoas em média por dia; admite a internação de cerca de 100 a 120 pacientes por mês; e em maio registrou 209 procedimentos cirúrgicos realizados. O Estado paga R$ 200 mil mensais de aluguel pelo uso do imóvel, cujo contrato vence no fim do mês de agosto. Há cerca de dois meses, apenas, o Hospital Ruy Pereira foi denominado de referência para atendimento de pacientes vasculares.

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