A história de uma doguinha pit-bull e uma ave pega (magpie, em inglês), conhecidas na internet pelo nome conjunto Peggy&Molly, tem mobilizado não só as redes sociais como as autoridades australianas.
Ainda filhote, a ave, apelidada de Molly, foi resgatada por um casal australiano e tornou-se parte da família. O dia a dia deles, inclusive, passou a ser compartilhado em um perfil nas redes sociais, que acumula mais de 700 mil seguidores.
Recentemente, contudo, a ave foi apreendida por autoridades responsáveis pela vida selvagem, sob a afirmativa de que pegas não são animais domésticos e só deveriam ser alojadas por seres humanos temporariamente para fins de “reabilitação”.
Após quatro anos de convivência, os tutores Juliette Wells e Reece Mortensen iniciaram uma campanha para reaver a guarda do animal. Mais de 50 mil fãs assinaram uma petição para que os animais sejam reunidos novamente.
Em um vídeo emocionante, os dois “pais de pet” anunciaram que “entregaram” Molly ao departamento ambiental por pressão de um “pequeno grupo de pessoas que reclamam constantemente” que o animal está sob os cuidados de humanos, e questiona: “Por que uma pega selvagem não pode decidir por si mesma onde quer morar e com quem quer passar o tempo?”
O caso ganhou atenção dos políticos locais. Steven Miles, governador de Queensland, acredita que Molly deveria se reunir com a família: “Acho que às vezes o bom senso precisa prevalecer.. e se você olhar para a história, há uma decisão possível que é melhor”, declarou nesta quinta-feira (28/3).
Segundo o departamento de Meio Ambiente, Ciência e Inovação (Desi) do Estado de Queensland, a ave está muito habituada ao contato humano, impossibilitando a soltura na natureza.
A campanha para reunir Peggy&Molly continua. Para os tutores, a ave teria enfrentado “morte certa” se não tivesse sido cuidada pela família.
Metrópoles