
Senadores aliados do Jair Bolsonaro (PL) fizeram uma visita ao Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, na segunda-feira (17). O intuito era vistoriar o possível local em que o ex-presidente cumprirá pena em regime fechado.
“Hoje nós viemos visitar o sistema da Papuda porque nós estamos recebendo a notícia que possivelmente o presidente Bolsonaro venha para cá. Então nós viemos conhecer as instalações como um todo. Nós não viemos ver uma cela específica. É uma visita técnica”, explicou a senadora Damares Alves (Republicanos).
“Nossa preocupação é: Bolsonaro está muito doente e qual é o tempo entre o complexo e o primeiro hospital? O tempo de deslocamento seria suficiente?”, questiona Damares. “Lembrando que o problema de saúde de Bolsonaro é gravíssimo e tem hora que o atendimento tem que ser em no máximo 20 minutos”.
Além de Damares, que preside a Comissão de Direitos Humanos do Senado, a comitiva incluiu os parlamentares Izalci Lucas (PL-DF), Márcio Bittar (PL-AC) e Eduardo Girão (Novo-CE).
Os senadores solicitaram autorização para visitar as celas no início do mês, mas ainda aguardam autorização do ministro Alexandre de Moraes. “Essa má vontade é algo que é surreal, mas é a realidade da perseguição política no Brasil”, criticou o senador Eduardo Girão (Novo).
Há possibilidade de que Bolsonaro seja alocado na “Papudinha”, no 19º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, área reservada que abriga sobretudo policiais militares presos. Segundo informações do Estadão, a cela tem cerca de 24 m² e funciona em formato de “alojamento”, dividido por mais de um detento.
A expectativa, contudo, é que ele fique sozinho por ser ex-presidente, idoso e considerado preso especial. O local inclui “regalias”, como banheiro quente, possibilidade de televisão e até frigobar. São 12 m² de área para banho de sol, além de um campo de futebol disponível no Complexo da Papuda.
A Papudinha fica a menos de três minutos do CIR (Centro de Internamento e Reeducação), a ala do complexo com estrutura especializada para idosos e presos com comorbidades, incluindo atendimento por dois médicos fixos. O 19º BPM também conta com um heliponto, recurso considerado estratégico para situações de emergência.
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