O senador Jean Paul Prates (PT-RN) advertiu para o risco de paralisação da máquina pública do país no próximo ano. Ele classificou como “grave” o novo anúncio pelo governo Bolsonaro dos cortes no Orçamento da União para 2020, que atingem principalmente os programas sociais e as verbas para a educação e cultura. “O futuro do país está sendo comprometido pelo desatino do governo, que já promoveu o bloqueio de 30% das verbas de custeio das universidades e institutos federais”, disse. A proposta orçamentária elaborada pelo governo para 2020 prevê a redução de 18% dos recursos totais do MEC.
A área mais afetada será a de pesquisa, com o corte de 50% do orçamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O órgão é responsável pelo financiamento das bolsas de iniciação científica, mestrado e doutorado no Brasil. A instituição vai perder quase metade da verba, saindo de R$ 4,3 bilhões em 2019 para R$ 2,2 bilhões em 2020.
“Isso confirma que a educação não é prioridade no governo Bolsonaro”, criticou. “O que está ocorrendo é um verdadeiro desmonte da educação em todos os níveis. Isso significa sonhos destruídos, talentos desperdiçados e futuro sem perspectiva para milhões de jovens. No setor de ciência e tecnologia, especificamente, estamos vivendo um verdadeiro apagão”, criticou.
O MEC terá um orçamento de R$ 101,2 bilhões em 2020, segundo o projeto de lei orçamentária enviado pelo governo ao Congresso Nacional. O valor aprovado para este ano é de R$ 122 bilhões.