Antes de protagonizar a fuga histórica no Sistema Penitenciário Federal (SPF), Rogério da Silva Mendonça, 36 anos – o Martelo – e Deibson Cabral Nascimento, 34, vulgo Tatu, ficaram ao menos 30 dias sem ter as celas, na Penitenciária Federal de Mossoró, revistadas por policiais penais federais. Com isso, os presos tiveram tempo para organizar a fuga que ocorreu de forma simultânea.
O procedimento, em regra, deveria ocorrer diariamente. A falta de rigor dos policiais em conjunto com falhas na estrutura do presídio formaram o cenário ideal para a fuga. O caso é apurado pela corregedoria da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).
Ao menos 10 policiais que atuavam como chefes de segurança, chefes de plantão, servidores que atuavam nas torres de observação e o diretor da unidade são alvo da investigação preliminar sumária (IPS). Outros servidores também receberam Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) por não seguirem os procedimentos de forma adequada.
Mudança de planos
As buscas aos fugitivos completam 48 dias nesta segunda-feira (1/4). Conforme adiantou a coluna Na Mira, a Força Nacional deixou de integrar a equipe de buscas na última sexta-feira (29/4).
O Ministério da Justiça e Segurança Pública decidiu não renovar o uso das equipes na operação e, agora, aposta nos trabalhos de inteligência conduzidos pela Polícia Federal em conjunto com a Senappen.
Durante a caçada, os policiais chegaram a ficar a três metros de distância dos criminosos. O episódio foi relatado por um casal rendido pela dupla em 16 de março, quando as buscas chegavam ao 10º dia. A suspeita dos investigadores é de que a dupla esteja escondida em alguma caverna da zona rural de Baraúna (RN).
Metrópoles