
Já parou pra pensar que uma simples mensagem enviada ao ChatGPT pode substituir completamente a função de um trabalhador? Enquanto os robôs e algoritmos ainda não podem pensar por si mesmos, eles já conseguem tomar o lugar de muita gente no mercado profissional. Alguns empregos estão em cheque e podem sumir nos próximos cinco anos.
É o que diz o Relatório sobre o Futuro dos Empregos 2025 do Fórum Econômico Mundial. Até 2030, caixas de supermercado, auxiliares bancários, atendentes de transporte, auxiliares administrativos, contadores e até designers gráficos estão entre as profissões que mais tendem a ser automatizadas.
Além disso, projeta-se que o mundo ganhará 78 milhões de empregos, com a criação de 170 milhões de novas funções e a extinção de 92 milhões nos próximos cinco anos. O documento também aponta que funções de linha de frente, ou seja, aquelas que não podem ser desempenhadas por robôs, como entregadores, cuidadores, professores e trabalhadores rurais terão crescimento expressivo.
Os modelos de negócios já estão sendo remodelados para o futuro do trabalho. De acordo com o relatório do Fórum Econômico Mundial, metade dos empregadores do mundo vão focar os negócios em novas oportunidades ligadas à tecnologia. 77% deles planejam aprimorar as habilidades dos trabalhadores, o upskilling.
Por outro lado, 41% planejam reduzir a força de trabalho, pois a IA automatiza determinadas tarefas. Quase metade dos empregadores espera transferir funcionários das funções expostas à substituição por IA para outras partes da empresa, uma oportunidade de aliviar a falta de habilidades e, ao mesmo tempo, reduzir o custo humano da transformação tecnológica.
A IA já está presente, por exemplo, nos processos de seleção das empresas. A tecnologia já é usada amplamente para automatizar a triagem de currículos, por meio de softwares que analisam palavras-chave, experiências profissionais e competências específicas. “Essa automação permite à empresa lidar com grandes volumes de candidatos de forma rápida e padronizada, reduzindo o tempo de contratação e os custos operacionais”, explica a analista de Recursos Humanos Susana Fagundes.
Também é importante se atentar depois da contratação, porque a IA também serve como vigilante: softwares de análise de dados comportamentais, de produtividade e de engajamento dos colaboradores também têm sido usados pelas empresas. “Esses programas identificam padrões que ajudam líderes e gestores a tomar decisões sobre promoções, treinamentos, planos de carreira e retenção de talentos”, esclarece Susana.
Veja a lista dos empregos que mais diminuirão até 2030
Caixas e bilheteiros
Assistentes administrativos e secretárias executivas
Zeladores, faxineiras e governantas
Assistentes de controle de materiais e estoquistas
Trabalhadores de impressão e profissões relacionadas
Assistentes de contabilidade, escrituração e folha de pagamento
Contadores e auditores
Atendentes de transporte e condutores
Guardas de segurança
Caixas e auxiliares bancários
Auxiliares de entrada de dados
Trabalhadores de atendimento e informações ao cliente
Designers gráficos
Gerentes de serviços empresariais e administração
Reguladores, examinadores e investigadores de sinistros
Veja a lista dos empregos que mais crescerão até 2030
Trabalhadores rurais, trabalhadores braçais e outros trabalhadores agrícolas
Motoristas de camionete ou de serviços de entrega
Desenvolvedores de software e aplicativos
Carpinteiros, azulejistas e profissões semelhantes
Vendedores de loja
Trabalhadores de processamento de alimentos e profissões relacionadas
Motoristas de carro, van e motocicleta
Profissionais de enfermagem
Trabalhadores que servem comidas e bebidas
Gerentes gerais e de operações
Profissionais de assistência social e aconselhamento
Gestores de projetos
Professores de universidade e educação superior
Professores de segundo grau
Setores de cuidados pessoais
Correio Braziliense

