Após o chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general Augusto Heleno, emitir uma nota em que adverte para o que chama de “consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional” caso se confirme a possibilidade de apreensão do celular pessoal de Jair Bolsonaro (sem partido), o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, chamou a fala de “anacronismo” e pediu para o general “sair de 64”, início da ditadura militar que mandou no país até 1985.
“As instituições democráticas rechaçam o anacronismo de sua nota. Saia de 64 e tente contribuir com 2020, se puder. Se não puder, #ficaemcasa”, disse o advogado, pelo Twitter, minutos após publicação da opinião de Heleno pelos canais oficiais da presidência da República.
Mais cedo, o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou à Procuradoria Geral da República (PGR) três notícias-crime apresentadas por partidos e parlamentares que pedem desdobramentos na investigação sobre a suposta interferência de Bolsonaro na Polícia Federal (PF). Entre os pedidos a serem analisados, a apreensão dos celulares de Bolsonaro e de um de seus filhos, o vereador Carlos Bolsonaro.
Em nota divulgada pelos canais oficiais da presidência da República, Heleno defende que o ato é uma “afronta” a Bolsonaro e uma “interferência inadmissível” de outro Poder na privacidade do presidente da República e na segurança institucional do país.
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