O ministro da Educação, Abraham Weintraub, voltou a citar o “kit gay” nesta semana e desde então, o assunto tem sido muito comentado nas redes sociais. Segundo Abraham, o Ministério da Educação (MEC) “busca justamente valorizar o papel da família com as crianças pequenas nesses primeiros momentos. Sai o kit gay e entra a leitura em família”, disse o ministro na última terça-feira, 7.
O projeto Escola sem Homofobia estava dentro do programa Brasil sem Homofobia, do governo federal, em 2004. O projeto era voltado para a formação de educadores, e em nenhum momento chegou a ter previsão de distribuição para alunos.
Durante a eleição, o então candidato à presidência, Jair Bolsonaro, utilizou o livro “Aparelho Sexual e Cia – Um guia inusitado para crianças descoladas“, do suíço Phillipe Chappuis, publicado no Brasil pela Companhia das Letras, para afirmar que fazia parte do “kit gay”. O material, porém, jamais fez parte do projeto.
À época, O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Carlos Horbach, determinou a suspensão de links de sites e redes sociais com a expressão “kit gay”.
A representação tinha como alvos o então presidenciável do PSL e seus filhos Flávio Bolsonaro, e Carlos Bolsonaro. Eles reproduziram conteúdo que afirmava que o livro Aparelho Sexual e Cia tinha sido distribuído em escolas públicas pelo Ministério da Educação quando Haddad era o ministro da pasta.
Durante a eleição, a pesquisa IDEIA Big Data/Avaaz revelou que 83,7% dos eleitores de Jair Bolsonaro acreditaram na informação de que Fernando Haddad distribuiu o chamado kit gay para crianças em escolas.
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