A Rússia renovou nesta sexta-feira (24) a ameaça de bloquear completamente o WhatsApp, caso o aplicativo de mensagens não se adeque às exigências legais do país. O Roskomnadzor, órgão estatal responsável pela vigilância das comunicações, acusou a plataforma de descumprir as normas russas destinadas ao combate a crimes como fraude e terrorismo.
Em agosto deste ano, o governo russo iniciou a limitação de chamadas no WhatsApp e no Telegram, alegando que as plataformas, ambas de propriedade estrangeira, se recusaram a compartilhar dados necessários para investigações de segurança pública. Essa postura gerou tensão entre as autoridades russas e as empresas de tecnologia, que alegam que as exigências do governo russo violam a privacidade dos usuários.
Nesta sexta-feira (28), Roskomnadzor voltou a acusar o WhatsApp de não cumprir as obrigações legais russas, que incluem a entrega de informações sobre atividades suspeitas. Em resposta, a agência de notícias Interfax divulgou que o governo russo alertou que, se o serviço de mensagens continuar a se recusar a colaborar, o bloqueio total será imposto.
“Se o serviço de mensagens continuar a não cumprir as exigências da legislação russa, ele será completamente bloqueado”, afirmou o órgão em um comunicado. A postura do Roskomnadzor reflete a crescente pressão sobre as plataformas estrangeiras para que se adaptem às leis locais, o que tem gerado uma série de restrições e controvérsias em todo o mundo.
Por outro lado, o WhatsApp reagiu às ameaças afirmando que as ações do governo russo visam dificultar a comunicação segura de milhões de cidadãos russos. A empresa de propriedade da Meta (Facebook) defende que o bloqueio do aplicativo prejudicaria os usuários e restringem a liberdade digitai, um argumento que vem sendo amplamente utilizado em outras disputas globais envolvendo governos autoritários e plataformas de comunicação.
Portal Dol
