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Rogério Marinho diz esperar ‘sensibilidade’ para definição sobre novo auxílio emergencial

MARINHO DESTACOU QUE QUALQUER INVESTIMENTOS DE SUA PASTA RESPEITARÁ O TETO DE GASTOS. FOTO: SERGIO LIMA

Diante da crescente pressão por uma nova rodada de auxílio emergencial para ajudar os mais vulneráveis à crise da covid-19, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, disse neste domingo, 24, esperar do governo e do Congresso a “sensibilidade necessária” para encontrar o melhor caminho. Ele destacou, porém, que será necessário definir, durante a votação do Orçamento de 2021, qual será a prioridade dada a essa iniciativa, respeitando as condições fiscais da União.

“Teremos votação do Orçamento, espero, entre fevereiro e março. Esse será o momento de definir qual prioridade que governo dará, dentro de sua condição orçamentária, a um novo programa ou à manutenção do que aí está. Tem muito a ver com essa sinergia necessária entre Parlamento e governo federal e com o apelo da própria sociedade. Agora, essa é uma missão do ministro Onyx (Lorenzoni, da Cidadania), junto com o presidente (Jair Bolsonaro)”, disse Marinho em entrevista à GloboNews. “Espero que haja sensibilidade necessária para encontrarmos o melhor caminho”, afirmou.

Nos últimos dias, candidatos ao comando da Câmara e do Senado intensificaram a defesa por uma nova rodada do auxílio ou por um reforço no Bolsa Família, dado que o número de infecções e mortes pela covid-19 tem aumentado. Em entrevista ao Estadão/Broadcast, o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), cuja candidatura tem apoio do Palácio do Planalto, chegou a dizer que o teto de gastos (regra fiscal que limita o avanço das despesas à inflação e é tido como uma “superâncora” da sustentabilidade das contas) não pode ser “intocado” diante da crise.

Apuração do Estadão/Broadcast mostrou que a senadora Simone Tebet (MDB-MS) também discute com economistas a possibilidade de alguma revisão no teto. Apontado diversas vezes pela equipe econômica como um “ministro fura-teto”, Marinho buscou se descolar dessa imagem e adotou discurso alinhado ao do ministro da Economia, Paulo Guedes, com quem já se desentendeu no passado. Em diversos momentos da entrevista, o ministro do Desenvolvimento Regional destacou que o colega de Esplanada é quem dá o tom da política econômica do governo Bolsonaro. Ele também destacou que qualquer investimentos de sua pasta respeitará o teto de gastos.

Estadão

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