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Representante do Comando Vermelho esteve também no Congresso e no CNJ

FOTO: REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Ligada à facção criminosa Comando Vermelho, Luciane Barbosa Farias, de 37 anos, não teve dificuldades em circular pelos palácios de Brasília. Os principais compromissos da “dama do tráfico do Amazonas” na capital federal foram audiências previamente marcadas com autoridades do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Além de participar de audiências no ministério, Luciane Farias, também tentou ampliar conexões abordando políticos no Congresso.

No começo da tarde, assessores do governo tentaram reforçar o fato de que Luciane não esteve apenas no Ministério da Justiça, mas no Legislativo. Logo, a falha de segurança não estaria restrita à pasta chefiada por Flávio Dino. 

Em seu périplo pela cidade, ela aproveitou para andar pelo Congresso Nacional e visitar o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Sem ser importunada pela Polícia Legislativa da Câmara, Luciane frequentou os corredores e salões da Casa em março e maio. Nas suas redes sociais, ela exibiu fotos tiradas no Salão Verde, área de grande circulação, com os deputados Guilherme Boulos (PSOL-SP) e Daiana Santos (PC do B-RS). Elas também posou com André Janones (Avante-MG). Além de postar fotos na porta dos gabinetes do ex-ministro da Saúde de Jair Bolsonaro (PL), o general Eduardo Pazuello (PL-RJ), e do deputado Júnior Ferrari (PSD-PA).

A “dama do tráfico”, como é conhecida, esteve também na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) e no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), outra instituição que atua de forma direta em questões sobre o crime organizado. Num post no Instagram, Luciane contou ter sido recebida pelo conselheiro do CNJ Luiz Phillippe Vieira de Mello Filho, que é também ministro do Tribunal Superior do Trabalho.

Não há foto dos dois – apenas uma imagem de Luciane na porta do gabinete do magistrado. Segundo a postagem no Instagram, houve “reunião com o ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho” para apresentação “serviço prestado da entidade aos seus associados e a comunidade”. Não há menção ao encontro na agenda do ministro.

A última visita de Luciane a Brasília foi no começo deste mês. Na segunda-feira (6), ela participou do IV Encontro Nacional de Comitês e Mecanismos de Prevenção e Combate à Tortura, promovido pelo Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania. Isto mesmo depois de ter sido condenada em segunda instância por associação para o tráfico de drogas, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Com informações de Estadão

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