A jornalista espanhola Salud Hernández, que desapareceu no último sábado no nordeste da Colômbia e que, segundo o governo, tinha sido sequestrada pela guerrilha Exército de Libertação Nacional (ELN), foi colocada em liberdade nesta sexta-feira (27), informou uma fonte da Igreja Católica.
“Está confirmado que ela foi libertada”, declarou o arcebispo da região de Ocaña, Gabriel Villa, à rede de TV Caracol. “Ela foi entregue e está livre neste momento”, acrescentou o arcebispo, que afirmou te falado por telefone com ela.
Em declarações à TV Caracol, Hernández disse estar muito bem e agradeceu à Igreja Católica por facilitar seu retorno à liberdade. “Estou muito bem. Muitíssimo obrigada à Igreja católica, muitíssimo obrigado a todos os colegas”, disse a jornalista, em declarações à emissora na região de Catatumbo (nordeste).
Segundo a agência EFE, ela disse à rede de TV RCN que foi, de fato, sequestrada. “Eu, por minha vontade, não teria deixado a minha família sofrendo dez dias nem fazendo show”, afirmou.
Hernández-Mora foi deixada em liberdade entre os municípios de San Calixto e Teorama, que fazem parte da área de Catatumbo, onde ela foi vista pela última vez seis dias atrás.
Perguntada sobre os dois jornalistas da “RCN” Diego D’Pablos e Carlos Melo, que cobriam seu desaparecimento e também foram sequestrados pelo ELN, na segunda-feira, ela afirmou que não conseguiu vê-los.
No entanto, Hernández-Mora acrescentou que teve notícias deles e espera que “entre hoje ou o mais tardar amanhã” estejam de volta.
Ela é colunista do jornal colombiano “El Tiempo” e colaboradora do espanhol “El Mundo”. Hernández, que também tem nacionalidade colombiana, estava na região para informar sobre uma greve de moradores para protestar pelo desaparecimento de duas crianças, que já foram localizadas, segundo o “El Mundo”.