
Se Donald Trump for eleito o novo presidente dos Estados Unidos em novembro de 2024, nada mudará na relação do governo brasileiro com o país norte-americano, em vínculo que celebrará o bicentenário no ano que vem. A promessa é de Mauro Vieira, chanceler de Lula e o único que, em 2023, viajou mais que o próprio presidente para tirar do papel a promessa do petista de “devolver o Brasil ao mundo”, depois de quatro anos de isolamento na política externa global.
Os Estados Unidos serão um tema central para Vieira em 2024, pela comemoração do bicentenário de relação diplomática — devido ao reconhecimento pelos Estados Unidos, em 1824, da independência brasileira, o que só não ocorreu antes da Argentina, em 1823 — e, principalmente, pelas eleições em que Joe Biden enfrentará Trump.
Em entrevista à coluna, em seu gabinete no Itamaraty, Vieira falou ainda da relação entre Lula e Javier Milei, disse ter expectativa de que os dois se encontrem ainda no primeiro semestre de 2024 e evitou falar sobre as ofensas do argentino a Lula nas eleições.
Sobre a Venezuela, disse esperar que Nicolás Maduro cumpra a promessa de garantir eleições justas, limpas e transparentes em seu país, em dezembro, e reforçou a aposta na via diplomática para resolver a disputa por Essequibo, na Guiana.
Metrópoles
