A etiqueta esportiva Reebok e várias academias cortaram relações comerciais com a CrossFit por causa de uma piada controversa publicada pelo fundador e CEO da empresa de treinamentos funcionais. No último sábado (06/06), Greg Glassman fez um trocadilho no Twitter ironizando o assassinato de George Floyd e a Covid-19. Não demorou para parceiras comerciais repudiarem a atitude. Depois que o vazamento de um áudio agravou ainda mais a situação, o empresário renunciou ao cargo na companhia na noite de terça-feira (09/06).
O tuíte polêmico de Greg Glassman foi uma resposta a um post feito pelo Institute of Health Metrics and Evaluation que dizia: “Racismo e discriminação são questões críticas de saúde pública que demandam uma resposta urgente”.
Por meio de seu perfil pessoal, o empresário respondeu “It’s FLOYD-19” (É o Floyd-19, em tradução livre), supostamente se referindo ao caso George Floyd como um vírus, assim como o causador da doença Covid-19. Floyd, um ex-segurança preto, foi asfixiado por um policial branco no dia 25 de maio.
A “piada” custou caro à CrossFit. A empresa tem várias academias afiliadas ao redor do mundo e dá nome à modalidade de exercícios lançada em 2000. Após o ocorrido, chegou a emitir um pedido de desculpa, alegando que o posicionamento de Glassman foi insensível e que “Floyd é um herói na comunidade negra”. Mas já era tarde!
Várias academias dos Estados Unidos romperam a relação comercial com a marca, inclusive sua principal patrocinadora, a Reebok. Na segunda-feira (08/06), a etiqueta esportiva informou que não renovará o contrato com a CrossFit, que acaba ainda neste ano. Inclusive, novo acordo já estava em negociação, mas foi interrompido.
“À luz de eventos recentes, tomamos a decisão de encerrar nossa parceria com o CrossFit HQ. Cumpriremos nossas obrigações contratuais remanescentes em 2020. Devemos isso aos competidores, fãs e à comunidade dos CrossFit Games”, comunicou a label norte-americana, que pertence à Adidas.
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