A revista Forbes divulgou nesta quinta-feira (28) a lista dos dez maiores bilionários brasileiros em 2025, liderada pelo co-fundador do Facebook, Eduardo Saverin. Juntas, as fortunas dos magnatas somam R$ 699,4 bilhões.
Segundo o levantamento, 31 brasileiros se tornaram bilionários este ano. A lista completa integra 300 “ricaços”, entre 240 homens e 60 mulheres, que possuem patrimônio somado de R$ 2 trilhões.
A maioria (56,33%) dos bilionários brasileiros aumentou sua fortuna no último ano. Outros 20,6% viram o patrimônio encolher e apenas um se manteve estável.
Mais ricos do país: conheça os 10 maiores bilionários brasileiros em 2025, segundo a Forbes
- Eduardo Saverin: R$ 227 bilhões (+45,5%)
Co-fundador do Facebook, o brasileiro conheceu Mark Zuckerberg quando ambos estudavam em Harvard. O empreendedor de 43 anos viu seu patrimônio crescer no último ano, impulsionado pela valorização de 33% das ações da Meta até junho de 2025, com alta contínua nas semanas seguintes.
O movimento reflete a aprovação dos investidores à aceleração dos aportes em Inteligência Artificial feitos pela empresa de Mark Zuckerberg. Morando em Singapura desde 2012, Eduardo Saverin mantém um perfil discreto e é dono da B Capital, gestora de investimentos voltada para startups.
- Vicky Safra e família: R$ 120,5 bilhões (+9,4%)
Vicky Sarfaty Safra, de 73 anos, herdou metade da fortuna do marido, o banqueiro Joseph Safra, que morreu em dezembro de 2020. Os filhos Jacob, Esther, Alberto e David também herdaram o espólio do fundador do Banco Safra.
Vicky Safra é a única mulher na lista dos dez maiores bilionários brasileiros. Nascida na Grécia, a viúva se tornou a maior acionista individual do Grupo J. Safra e preside a Fundação Filantrópica de Vicky e Joseph Safra, que patrocina saúde, educação e artes.
- Jorge Paulo Lemann: R$ 88 bilhões (-4,2%)
Aos 85 anos, Jorge Paulo Lemann manteve em 2025 a terceira posição entre os bilionários brasileiros. Acionista controlador da AB Inbev e sócio da 3G Capital, ele atua nos setores de bebidas e investimentos. Além da cervejaria, possui participações em grupos internacionais como a Restaurant Brands International (Burger King e Tim Hortons).
No Brasil, controla a São Carlos Empreendimentos, administrada em conjunto com seus filhos e os herdeiros de seus sócios Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira. Em maio de 2025, a 3G Capital voltou a protagonizar um grande negócio ao adquirir a americana Skechers por US$ 9,4 bilhões, após três anos sem novas aquisições.
- André Esteves: R$ 51 bilhões (+56%)
André Santos Esteves, de 57 anos é o principal acionista do BTG Pactual, referência no setor de finanças. Nos 12 meses até junho de 2025, o banco registrou lucro líquido ajustado recorde de R$ 13,4 bilhões, alta de 22% sobre o período anterior, enquanto suas ações valorizaram 40,6%, ampliando ainda mais a fortuna do executivo.
Formado em ciência da computação e matemática pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), ele ingressou no Banco Pactual em 1989 como analista de sistemas e se tornou sócio apenas quatro anos depois. Em 2005, aos 37 anos, entrou para a lista de bilionários brasileiros e desde então nunca mais deixou o seleto grupo.
- Fernando Roberto Moreira Salles: R$ 40,2 bilhões (+4,5%)
Filho mais velho do banqueiro Walther Moreira Salles, Fernando detém participação no Itaú Unibanco por meio da Companhia E. Johnston de Participações, que controla cerca de 33% das ações.
A fortuna da família também é oriunda da mineradora CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração), líder mundial na produção de nióbio. Fernando, de 79 anos, comprou parte da participação dos irmãos Walther Júnior e João e ficou com 50% das ações da EJ em 2022.
- Carlos Alberto da Veiga Sicupira: R$ 39,1 bilhões (-20,8%)
Conhecido como Beto Sicupira, o investidor é sócio da 3G Capital e enfrenta os impactos da crise nas lojas Americanas desde 2023. O que sustenta seu patrimônio atualmente é a participação da empresa de investimentos na AB InBev, do setor de bebidas.
- Pedro Moreira Salles: R$ 38 bilhões (+5,1%)
Irmão de Fernando, também na lista dos dez maiores bilionários brasileiros, Pedro é co-presidente do Conselho de Administração do Itaú Unibanco e acionista por meio da Companhia E. Johnston de Participações.
O empresário de 65 anos é o terceiro filho de Walther Moreira Salles. No processo de reestruturação da EJ em 2022, Pedro comprou parte da participação dos irmãos e ficou com 44%. Seu filho João ficou com 6%.
- Miguel Gellert Krigsner: R$ 34,2 bilhões (+19,2%)
Fundador de O Boticário, o empreendedor de 75 anos é referência no setor de cosméticos. Miguel Gellert Krigsner nasceu em La Paz, na Bolívia, filho de judeus que fugiram do nazismo, e se mudou com a família para Curitiba aos 11 anos.
Formado em farmácia e bioquímica pela UFPR (Universidade Federal do Paraná), criou em 1977 uma farmácia de manipulação que se transformou em um dos maiores grupos de beleza do país. Pioneiro no modelo de franquias, comanda hoje uma rede que reúne marcas como Eudora, Quem Disse, Berenice?, Beauty Box, Vult e O.U.i
Ao lado do cunhado e sócio Artur Grynbaum, também investe na Cia. Tradicional de Comércio, dona de bares e restaurantes famosos em São Paulo, como Pirajá, Lanchonete da Cidade e Bráz Pizzaria. Em julho de 2025, O Boticário obteve um crédito de R$ 1 bilhão do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para financiar sua expansão.
- Alexandre Behring da Costa: R$ 31 bilhões (-11,1%)
O investidor de 58 anos na lista dos bilionários brasileiros é sócio da a 3G Capital. Assim como Beto Sicupira, a fortuna de Alexandre Behring da Costa encolheu em razão do impacto da crise nas Americanas.
Formado em engenharia eletrônica, fundou a Modus OSI Tecnologias em 1989 e permaneceu na empresa até 1993. Durante seu mestrado em Harvard, se aproximou dos futuros parceiros da 3G Capital, com quem construiria sua trajetória no private equity.
Entre 1994 e 2004, atuou na GP Investimentos, onde assumiu em 1998 a liderança da ALL (América Latina Logística). Hoje, também integra o conselho de administração da Restaurant Brands International, controladora das redes Burger King e Tim Hortons.
- Jorge Neval Moll Filho: R$ 30,4 bilhões (+119,1%)
Aos 79 anos, o cardiologista duplicou sua fortuna em 2025. Único do setor de saúde entre os maiores bilionários brasileiros, Moll fundou a Rede D’Or, maior grupo hospitalar do Brasil, em 1977.
A empresa reúne atualmente 69 hospitais próprios e 53 clínicas oncológicas. Em 2020, realizou um IPO (Oferta Pública Inicial) na B3 que movimentou R$ 11,3 bilhões. O magnata da saúde segue como principal acionista e presidente do conselho de administração.
A esposa, Alice Junqueira Moll, e os cinco filhos também figuram como sócios. Em 2025, surgiram especulações sobre uma possível associação da Rede D’Or com a rede de medicina diagnóstica Fleury.
