Ao determinar a prisão de Fabrício Queiroz, o juiz Flávio Itabaiana de Oliveira Nicolau, da 27ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, alegou que o ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) poderia atrapalhar as investigações sobre o esquema de rachadinha na assembleia legislativa estadual (Alerj), do qual é apontado como operador do filho do presidente. Ele foi encontrado ontem (18), em Atibaia (SP), em um imóvel de propriedade do advogado Frederick Wassef, que defende Flávio no processo. O juiz também menciona pagamentos feitos em dinheiro vivo por Queiroz de despesas do senador.
Nas 46 páginas de seu despacho, o juiz destaca que o policial militar aposentado, mesmo fora do Rio, tinha influência sobre milícias e não se limitava ao papel de arrecadador de recursos entre os demais assessores de Flávio. O magistrado aponta, citando apurações do Ministério Público, que o investigado também transferiu recursos para a família do senador.
“A análise de suas atividades bancárias permitiu ao GAECC/MPRJ comprovar que Fabrício Queiroz também transferia parte dos recursos ilícitos desviados da Alerj diretamente ao patrimônio familiar do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, mediante depósitos bancários e pagamentos de despesas pessoais do parlamentar e de sua família”, diz trecho da decisão .
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