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Quatro detentos são mortos durante transferência de presídio de Altamira

AUTORIDADES DISSERAM QUE ACREDITAM QUE OS QUATRO DETENTOS MORTOS PERTENCIAM À MESMA FACÇÃO E TINHAM LUTADO JUNTOS DURANTE O CONFRONTO DE SEGUNDA-FEIRA. FOTO: REPRODUÇÃO

Quatro detentos do Centro de Recuperação Regional de Altamira, no Pará, foram mortos por sufocamento na terça-feira, enquanto estavam sendo transportados do presídio, onde outros 57 morreram em uma briga de facções na segunda-feira, disseram autoridades.

Autoridades no norte do Estado do Pará, disseram nesta quarta-feira que acreditavam que os quatro detentos mortos pertenciam à mesma facção e tinham lutado juntos durante o confronto de segunda-feira, em que mais de uma dúzia de presos foram decapitados.

O massacre provocou indignação generalizada no Brasil, e autoridades prisionais disseram que a violência os pegou de surpresa, com nenhum dado de inteligência sugerindo um confronto iminente, ressaltando que a violência nas prisões está longe de ser controlada.

Como parte da resposta, as autoridades do Pará disseram que transfeririam alguns dos presos mais perigosos da prisão para instalações diferentes, na tentativa de aliviar a superlotação e evitar mais violência. Mas foi durante uma dessas transferências, em um caminhão que transportava 30 prisioneiros em quatro celas separadas, que os quatro detentos foram mortos na terça-feira.

Os funcionários do presídio só encontraram seus corpos, todos mostrando sinais de enforcamento, quando o caminhão chegou a uma nova instalação, disse a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social do Pará, em um comunicado. O órgão não deu mais detalhes e o Estado disse que o episódio está sob investigação.

O confronto de segunda-feira envolveu membros da facção Comando Classe A, pouco conhecida fora do Pará, que atearam fogo a uma cela que tinha presos da facção rival Comando Vermelho, que vem do Rio de Janeiro e se expandiu para o norte do Brasil.

As facções no Brasil têm sido ligadas a assaltos a bancos, tráfico de drogas e tiroteios, com líderes criminosos encarcerados comandando impérios do crime por meio de celulares contrabandeados para dentro dos presídios.

Reuters

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