Embora nove em cada dez brasileiras estejam conscientes sobre cuidados a tomar com a saúde sexual e reprodutiva, pouco mais da metade faz uso contínuo de contraceptivos.
A descoberta faz parte de pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos, sob encomenda da farmacêutica Organon Brasil. O levantamento coletou informações de 600 entrevistadas com idades entre 18 a 45 anos das classe A, B e C, entre julho e agosto deste ano.
De maneira geral, as mulheres entrevistadas já tinham conhecimento de pelo menos um método de proteção. Entre elas, 92% já tinha usado contraceptivos, mas só 58% mantém o uso de maneira regular.
Quando perguntadas sobre os contraceptivos que vêm primeiro à mente, 53% citam pílulas orais; 15%, preservativos; 12%, dispositivos intrauterinos (DIUs); 11% injeções mensais; e 2%, implantes hormonais.
Já entre o grupo que os usa continuamente, as preferências são por pílulas (33%); preservativos (14%); injeções mensais (12%) e trimestrais (9%); DIU hormonal (9%) e de cobre (7%); implante hormonal (4%); e métodos naturais como tabelinha, coito interrompido e temperatura corporal (2%).
“Se por um lado é maravilhoso perceber que as brasileiras compreendem a importância da saúde sexual e reprodutiva, por outro é preciso avançar mais para que esses cuidados sejam acessíveis e praticados por todas”, explica Andrea Ciolette, diretora de Saúde Feminina da Organon.
Gestações não planejadas
Segundo dados do Relatório de População da ONU, desenvolvido em 2022, o número de gestações não planejadas no mundo chega a 121 milhões por ano ou 331 mil por dia.
No Brasil, de acordo com o mesmo documento, 1,8 milhão, ou 55,4% de todos os nascimentos, não são planejados.
Metrópoles