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Professora morta teve relação sexual com menina suspeita do crime

Por Giulia Ventura e Roberta de Souza — Rio de Janeiro

Mãe e filha suspeitas de sequestro e morte da professora Vitória Romana Graça, de 26 anos, pediram R$ 2 mil por resgate, segundo família da vítima
Mãe e filha suspeitas de sequestro e morte da professora Vitória Romana Graça, de 26 anos, pediram R$ 2 mil por resgate, segundo família da vítima — Foto: Reprodução/Instagram

A professora Vitória Romana Graça, de 26 anos, ainda estava com vida quando teve seu corpo queimado em Senador Camará, na Zona Oeste do Rio, na madrugada da última sexta-feira, aponta laudo do Instituto Médico-Legal (IML). Segundo o documento, a vítima morreu por aspiração de fuligem. Seu corpo foi encontrado por moradores por volta das 8h daquele dia, na Praça Damasco. Vitória estava desaparecida desde a noite anterior, quando saiu da casa de sua mãe para encontrar a mãe de sua ex-namorada e a menina, uma adolescente de 14 anos.

Ferragens e tecidos encontrados no local do crime levam a polícia a acreditar que a vítima estava numa mala quando os criminosos atearam fogo. Apesar do sequestro mediante extorsão, a polícia ainda não sabe a motivação do crime.

Segundo as investigações, Vitória Romana Graça teve um relacionamento de quatro meses com a adolescente de 14 anos, suspeita de cometer o crime com a mãe. No último sábado, policiais civis da 35ª DP (Campo Grande) prenderam em flagrante Paula Custódio Vasconcelos, e apreenderam a filha dela, de 14 anos, pelo sequestro e assassinato da professora. Vitória conheceu a adolescente pelo Instagram e, após o rompimento, a professora teria bloqueado a garota nas redes sociais. Um colega da professora contou, em depoimento, que Vitória decidiu se afastar da menina por achar que a mãe dela estava se aproveitando do namoro para se beneficiar financeiramente.

Após ser apreendida, a menina disse à polícia não ter envolvimento com o crime. De acordo com ela, na noite em que Vitória desapareceu, em 10 de agosto, ela tomara um remédio e, quando acordou, estranhou que a mãe não estava em casa. Ao questionar seu irmão, de 16 anos, ele respondera que a mãe havia ido ao Mercearia Rosa — local para o qual, posteriormente, foi identificada uma transferência via PIX da conta bancária da família da vítima.

De acordo com depoimentos prestados na polícia, Paula apareceu na escola em que Vitória trabalhava no dia do seu desaparecimento. Ela foi com o irmão para dizer que a filha não havia aceitado bem o fim do namoro e pediu que as duas conversassem “fora do seu local de trabalho”. O amigo da vítima contou à polícia que orientou Vitória para que encontrasse com a mulher em um local público, “de preferência um shopping, onde tem muitas pessoas”. De acordo com o depoimento de funcionários do colégio, o filho de Paula estuda na unidade, motivo pelo qual ela conseguiu entrar no estabelecimento com facilidade.

Naquele mesmo dia, a professora visitou a própria mãe por volta das 21h. Ao sair de lá, teria ido ao encontro de Paula e não foi mais vista — a partir daí, várias transferências foram feitas pelo telefone de Vitória para o irmão de Paula. Ele ainda não foi encontrado pela polícia.

CHORO

Em depoimento, a mãe de Vitória contou que o último contato com a filha foi às 5h do dia em que foi morta, quando a vítima afirmou — com voz de choro — ter sido sequestrada e que não sabia informar a localização, mas que precisava que a mãe pagasse R$ 2 mil aos criminosos. A mãe da professora não informou quantas ligações foram feitas, mas disse que, em meio às tentativas de falar novamente com a filha, foi atendida por um homem e uma mulher, que ressaltavam o pedido por dinheiro.

Segundo relato de uma testemunha, a professora fez um desabafo no dia em que desapareceu. Cansada de arcar com despesas de Paula e sua filha, a vítima teria dito que já havia ajudado bastante a família e que não tinha mais condições.

FONTE: O GLOBO

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