Uma professora de 65 anos foi condenada a indenizar em R$ 5 mil um corretor de imóveis após ameaçá-lo de morte e, segundo testemunhas, afirmar que o ditador nazista Adolf Hitler “estava certo”. A decisão é do último dia 9, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).
A vítima também teria sido chamada de “ladrão”, “bandido”, “safado” e “pilantra”. O Metrópoles teve acesso à íntegra do processo.
Segundo os autos da ação, as ofensas começaram devido a um desacordo comercial. A professora Lázara Maria Granado comprou do corretor Daniel Queiroz uma mansão avaliada em R$ 1,4 milhão em Itapeva (SP, na foto principal). Após a entrega do imóvel, contudo, a mulher identificou uma série de falhas, como rachaduras e vazamentos nas paredes.
Em seguida, Granado teria começado a difamar Queiroz. Segundo o advogado Thiago Müzel, que representa o corretor, a professora “não poupou os ouvidos de ninguém”, e porteiros, condôminos e prestadores de serviços ouviram as supostas ofensas.
“Não atendida, ela passou a proferir em desfavor de Daniel, perante diversos terceiros, uma série da falsas acusações e ofensas pessoais, entre elas, a mais grave, que ‘Hitler que estava certo em selecionar esse tipo de gente’. Ou seja, numa hipotética alusão que meu cliente estaria ‘morto’ na época de Hitler”, afirmou Müzel, em conversa com o Metrópoles.
As ofensas foram confirmadas por duas testemunhas arroladas pela vítima. Uma delas afirmou ainda que a mulher teria ameaçado “dar um tiro na cara” de Queiroz.
Para a juíza Heloisa Assunção Pereira Pandino, do Foro de Itapeva, restou comprovado que os xingamentos ocorreram.
Metrópoles