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Professor condenado por estuprar neta é beneficiado com aposentadoria

FOTO: KACIO PACHECO

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) negou recurso e condenou, em 2ª instância, um professor da rede pública de ensino a 16 anos, 9 meses e 18 dias de prisão em regime fechado por estuprar a própria neta, de 9 anos.

Apesar disso, o docente segue com cadastro ativo na Secretária de Educação (SEED), segundo o Portal da Transparência do DF. A pasta declarou que o homem faz parte dos servidores inativos.

Segundo uma publicação no Diário Oficial do Distrito Federal, o professor conseguiu se aposentar em janeiro, apesar da condenação e de ser investigado pela corregedoria da própria SEED.

O docente, inclusive, atuava na área de alfabetização da E12scola Classe Vale Verde, em Planaltina, e lecionava para crianças com a mesma idade da vítima até ser contemplado com o benefício da inatividade.

O caso

Segundo a denúncia, os abusos aconteciam quando a menor ia à chácara dos avós para passar o fim de semana, desacompanhada dos pais. Quando o avô, que é padrasto da mãe da vítima, colocava a menor para dormir, abusava dela. O nome dele não será publicado para preservar a vítima, que é parente direta dele.

Ao tomarem conhecimento do que estava acontecendo, os pais da menina procuram a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente para relatar o caso.

“Muitas vítimas se sentem culpadas pelo ocorrido, como aconteceu com minha filha. Ela não me contou antes porque achou que eu iria culpá-la. Porém, quando ela já não estava mais suportando, criou coragem para contar”, disse a mãe da jovem em entrevista ao Metrópoles.

“Ela estava assim no dia [que contou]: rosto de pânico e medo. Eu a acolhi, prometi que ele nunca mais a tocaria e que ela não tinha culpa nenhuma do que aconteceu. Que eu a protegeria.”

Metrópoles

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