
Em mais uma petição apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF), a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aponta um novo pacote de mensagens interceptadas por hackers e investigadas na Operação Spoofing.
No documento, os advogados do petista destacam ações dos procuradores da Lava Jato de Curitiba com o objetivo de ocultar provas da inocência do ex-presidente, atingir e desestabilizar ministros de tribunais superiores, e fornecer orientações para a juíza Gabriela Hardt.
Hardt substituiu Moro na força-tarefa e, na opinião expressada pelo coordenador, Deltan Dallagnol, não sabia o que era a prioridade do grupo.
A petição ainda aponta perseguição ao ex-presidente, mesmo antes da obtenção de provas contra ele.
A ação faz parte de uma série de recursos que a defesa do ex-presidente pretende enviar ao ministro relator, informando todos os passos das análises feitas sobre os áudios obtidos da Operação Spoofing. A defesa de Lula é assinada pelos advogados Cristiano Zanin, Valeska Martins, Maria de Lourdes Lopes e Eliakin Tatsuo.
“Na cabeça”
Em diálogo ocorrido no dia 5 de março de 2016, um dia depois de Lula ser conduzido coercitivamente para depor na Polícia Federal, a procuradora Carolina Rezende, da PGR, escreve: “Depois de ontem, precisamos atingir Lula na cabeça (prioridade número 1). Para nós da PGR, acho que o segundo alvo mais relevante seria Renan [Calheiros]”.
Carolina Rezende integrava a equipe do então procurador-geral da República Rodrigo Janot.
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