Irmã Dulce, a primeira mulher nascida no Brasil que se tornará santa , será canonizada no dia 13 de outubro de 2019, em uma celebração presidida pelo Papa Francisco, no Vaticano, em Roma. A informação foi divulgada na manhã desta segunda-feira, 1, em uma coletiva de imprensa que ocorreu simultaneamente em Roma, no Vaticano, e no Santuário Bem-Aventurada Dulce dos Pobres, no Largo de Roma, em Salvador.
Além de Irmã Dulce , no mesmo dia serão canonizados outros quatro santos, segundo o Vaticano. Entre eles, está o cardeal inglês John Henry Newman, um dos principais intelectuais cristãos do século 19.
Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes, a irmã Dulce , era conhecida como Anjo Bom da Bahia, em função do trabalho social com os pobres em Salvador (BA). Ela viveu em Sergipe por cerca de seis meses, em 1933, quando iniciou a vocação religiosa no Convento de São Francisco, em São Cristóvão, através da Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus. O local mantém um memorial com peças que pertenceram à baiana.
Sobre Irmã Dulce
Conhecida como o “Anjo bom da Bahia”, Irmã Dulce (1914- 1992), tinha apenas 13 anos quando passou a acolher mendigos e doentes, transformando a casa onde morava com sua família em um centro de atendimento aos mais necessitados. Foi nessa época que Irmã Dulce manisfestou, pela primeira vez, o desejo de se dedicar à vida religiosa.
Em 1933, Maria Rita entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, na cidade de São Cristóvão, em Sergipe. Em agosto do mesmo ano, recebeu o hábito de freira das Irmãs Missionárias e adotou o nome de Irmã Dulce em homenagem a sua mãe.
A partir daí, Irmã Dulce dedicou seu pensamento e trabalho aos mais pobres, esforçando-se para dar algum tipo de assistência para a população da Bahia.
Em maio de 1939, inaugurou o Colégio Santo Antônio, uma escola pública voltada para operários e seus filhos, no bairro de Massaranduba, em Salvador.
Após peregrinar durante uma década levando os seus doentes por todos os cantos da cidade, em 1949, Irmã Dulce ocupou um galinheiro ao lado do Convento Santo Antônio para alojar cerca de 70 enfermos que a acompanhavam.