Após apenas 45 dias no cargo, a primeira-ministra do Reino Unido Liz Truss renunciou ao cargo nesta quinta-feira (20/10). Em pronunciamento à imprensa, a premiê anunciou ter deixado a liderança do Partido Conservador, porque não é capaz de entregar o mandato para o qual ela foi eleita.
“Reconheço, dada a situação, que não posso cumprir o mandato para o qual fui eleita pelo Partido Conservador. Por isso, falei com Sua Majestade, o Rei, para notificá-lo de que estou renunciando ao cargo de líder do Partido Conservador”, disse no discurso.
Truss, que substituiu o Boris Johnson, é a terceira líder do Reino Unido consecutiva a renunciar ao cargo antes do fim do mandato, e ficou por menos tempo no cargo na história do país. Ela anunciou que permanecerá no cargo até que um substituto seja escolhido.
Instabilidade econômica
Ela já vinha sofrendo uma forte pressão para entregar a função, por conta de um polêmico plano econômico que gerou revolta no mercado financeiro e, inclusive, entre membros da legenda.
“Assumi o cargo em um tempo de grande instabilidade econômica e internacional. Famílias e empresas estavam preocupadas sobre como pagar suas contas. A guerra ilegal de Putin na Ucrânia ameaça a segurança de todo o nosso continente, e o nosso país foi travado durante demasiado tempo pelo baixo crescimento econômico”, continuou.
Liz adicionou que foi eleita para o partido para mudar o cenário. “Melhoramos a situação da energia ao cortar o Seguro Nacional, e definimos uma visão para uma economia de alto crescimento, com impostos baixos que tiraria vantagem das liberdades do Brexit. Mas reconheço que, dada a situação, não posso cumprir o mandato para o qual fui eleito pelo partido conservador”, justificou.
A premiê teve uma reunião, na manhã desta quinta (20) para acertar os detalhes de uma eleição para o novo líder do Partido, a ser concluído na próxima semana. “Isso garantirá que continuemos no caminho para cumprir nossos planos fiscais e manter a estabilidade econômica e a segurança nacional de nosso país. Eu permanecerei como primeiro-ministro até que um sucessor seja escolhido”, finalizou.
Metrópoles
