Sérgio Camargo, ex-presidente da Fundação Palmares, perdeu a ação que movia contra Martinho da Vila, após ser chamado pelo cantor de “preto de alma branca”.
A declaração de Martinho foi dada numa entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, no ano passado. O cantor afirmou que a fundação, que teria sido “criada para tratar dos assuntos da cultura negra”, agora é comandada por “Camargo, bolsonarista radical”.
“Ele é um preto de alma branca, como se diz. No duro, ele gostaria de ser branco. Ele acha que ele é branco. Ele se sente branco. E ‘tem que acabar com essas coisas todas de preto’.”
Retirada da entrevista e danos morais
Camargo pediu na ação a retirada da entrevista da internet e também uma indenização de R$ 20 mil por danos morais.
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal ratificou a decisão da 18ª Vara Cível de Brasília e deixou de dar provimento ao recurso de Camargo.
Camargo lamentou a decisão em sua conta do Twitter: “fui agredido racialmente por Martinho da Vila. Processei-o por isso, mas perdi. Concluo que a Justiça entendeu que ele, por ser negro de esquerda, tem salvo-conduto para fazer ofensas raciais. Assim, surge mais uma jabuticaba no nosso ordenamento jurídico: o racismo protegido.”
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