O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou nesta terça-feira 16 que o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump provavelmente explorará o atentado ocorrido durante um comício na Pensilvânia no último sábado 12 como parte de sua campanha para as eleições de novembro.
“Eu, sinceramente, acho que o Trump vai tentar tirar proveito disso. Aquela foto dele com o braço erguido, aquilo se fosse encomendado não saía melhor. Mas de qualquer forma ele vai explorar isso, e cabe aos democratas encontrar um jeito de não permitir que isso seja a razão pela qual ele possa ter votos”, afirmou Lula em entrevista à Record.
“É importante lembrar que o ser humano normal é mais emoção do que a razão. Então ele fica emocionado, deprimido e [diz]: ‘vou votar no coitadinho’”, ressaltou, reforçou seu repúdio ao ataque: “E não só com o presidente Trump, é a morte de um prefeito de uma cidadezinha do interior (…) É preciso que a gente volte a ter tolerância.”
Trump descreve atentado
Um dia após ser alvo de um atentado a tiros na Pensilvânia, no último sábado 13, o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump afirmou em uma entrevista ao jornal New York Post que “deveria estar morto” e que a experiência pela qual passou foi surreal.
De acordo com o republicano, o médico que o atendeu disse nunca ter visto alguém sobreviver a um tiro de AR-15, arma utilizada no ataque. “O médico do hospital disse que nunca viu nada parecido com isso, ele chamou de milagre”, afirmou o republicano, dando continuidade às mensagens de cunho religioso que tem proferido após o atentado.
“Eu não deveria estar aqui, eu deveria estar morto”, disse Trump a Michael Godwin, colunista do tabloide que o entrevistou no domingo 14 a bordo do avião particular do ex-presidente, a caminho de Wisconsin, para a convenção nacional do partido. “Por sorte ou por Deus, muitas pessoas estão dizendo que é por Deus que ainda estou aqui.”
Agora RN