O porta-voz do Movimento ao Socialismo (MAS), Sebastián Michel, denunciou em uma entrevista na televisão boliviana que o presidente eleito da Bolívia, Luis Arce, sofreu um atentado a dinamite. Segundo Michel, Arce estava na casa que funciona como centro de campanha em La Paz quando uma banana de dinamite foi arremessada na porta do imóvel.
“Há poucos minutos fomos vítimas de um ataque de um grupo que deixou uma banana de dinamite na casa de campanha onde nosso próprio presidente eleito, Luis Arce, se reunia. Estamos muito preocupados com o que está acontecendo”, disse o representante do partido em entrevista à Televisión Universitaria e Red Uno.
Michel disse que ninguém ficou ferido. Autoridades do governo interino ainda não se manifestaram a respeito, e a notícia ainda não foi verificada por fontes independentes. Não há informações sobre suspeitos.
Arce tem a posse marcada para este domingo. Nesta quinta-feira, líderes da próspera região boliviana de Santa Cruz (Leste), reduto da direita, iniciaram uma greve de dois dias contra ele.
Michel afirmou que Arce ainda não tem o apoio de uma equipe de segurança da polícia ou das Forças Armadas. Ele reclamou que as autoridades do país não se pronunciaram sobre o assunto e não oferecem segurança à autoridade de mais alto nível da Bolívia.
“Não vimos nenhuma declaração a respeito do ministro de Governo Arturo Murillo, por isso nos sentimos entregues à própria sorte, totalmente desprotegidos. Ninguém nos dá a garantia necessária para a segurança de nossa autoridade”, disse.
Nas instalações estavam os responsáveis pela comissão que atua na organização da cerimônia de posse, ele disse.
Michel também afirmou que o MAS não irá formar milícias no país, como pediu um líder do Pacto de Unidade, organização que reúne setores sociais do partido no poder. Ele disse que o governo de Luis Arce não permitirá nenhum grupo armado irregular na Bolívia e que o desarmamento é uma política pública.
Luis Arce foi eleito no primeiro turno no mês passado, com 55% dos votos, pouco menos de um ano depois da renúncia de seu aliado Evo Morales, sob pressão da oposição e um ultimato dos militares.
iG