Jair Bolsonaro (PSL) publicou um decreto nesta quarta-feira, 4, exonerando Luiz Augusto de Souza Ferreira do cargo de presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). Demissão veio por conta de uma denúncia de Ferreira à revista Veja alegando que o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, estaria fazendo “pedidos não republicanos” a ele, sem especificar quais seriam.
“Acabo de ser demitido. Sem apuração. Por ser correto. E ok, o que eu já previa. Os covardes cada vez mais tomam conta do governo. Agradeço ao presida Jair Bolsonaro. Espero que Deus possa iluminar suas decisões. E que abra seus olhos. E rápido”, disse Ferreira em suas redes sociais, na madrugada desta quarta-feira.
Bolsonaro já havia mencionado na terça-feira, 3, que ou Ferreira ou Carlos da Costa “perderiam a cabeça”. “Não pode ter uma acusação dessas. Vão dizer que ele ficou lá porque tem uma bomba debaixo do braço. Não é esse o meu governo. Já determinei para apurar e um dos dois, ou os dois, perderão a cabeça”, disse Bolsonaro.
Efeito Dominó
De janeiro até agosto foram 34 os exonerados, conforme mostrou reportagem do “Estado de S.Paulo”, entre ministros, presidentes e diretores de órgãos federais. A média vem aumentando: o número de demissões chegou a seis só em agosto.
Três principais formas de demissão se destacam e englobam quase todos os casos: foram 16 demitidos por interferência direta de Bolsonaro, se sobrepondo ao ministro da área do funcionário exonerado; outros 12 de responsabilidade do ministro do setor; e três que caíram por influência do vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente.