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Potiguar Júnior Groovador se desdobra para viver da música, destaca El País

BAIXISTA QUE ‘GROOVOU’ FORRÓ ESTÁ EM BUSCA DE NOVAS OPORTUNIDADES. FOTO: REPRODUÇÃO/TWITTER

Com desenvoltura para dedilhar o baixo ao mesmo tempo em que performava um envolvente gingado na coreografia, Júnior Bass Groovador, nome artístico do potiguar José Edilson Firmino Silva Júnior, 36, viralizou reinterpretando o clássico Smells Like Teen Spirit, do Nirvana. O “Nirvanaço”, como batizou a versão em ritmo de forró, chegou ao ator norte-americano Jack Black, que compartilhou o vídeo em suas redes sociais e convidou o baixista para uma palinha na apresentação de sua banda, a Tenacious D, na última edição do Rock in Rio, em setembro. “Minha vida mudou completamente desde esse dia”, conta Groovador, logo depois de participar de um programa nos estúdios de uma rádio em Natal.

Antes de se tornar hit da internet, o artista conciliava a carreira de músico com o trabalho de vigilante em um banco, único caminho que vislumbrou quando foi demitido da escola de música onde dava aulas de instrumentos. “Meu comportamento de palco desagradava muita gente”, diz ao comentar sobre o jeito de dançar e rebolar ao tocar. “As portas se fecharam para mim. Não conseguia fazer show em lugar nenhum.” Em 2017, entrou para o curso profissionalizante de tiro e distribuiu currículos até encontrar emprego cobrindo férias na vigilância do banco. Recebia 620 reais por mês.

Tocando em bares da cidade e ganhando 100 reais por apresentação, era inviável garantir o sustento da esposa Cleidenice e da filha Sofia, de 10 anos. “Lá em casa, eu abria a geladeira e via que a situação estava muito difícil”, afirma o baixista dançarino. A atividade paralela à música, ainda que a contragosto no início, foi a saída para tirar a família do sufoco. “Aos poucos eu comecei a gostar dessa profissão. Vestia a farda de vigilante como se estivesse tocando. Era o que colocava comida na minha mesa.”

Durante a entrevista ao EL PAÍS, Júnior Groovador se emocionou e pediu desculpas por estar sentimental no dia em que completava 20 anos de carreira. “Sou feliz do jeito que eu sou, um cara muito alegre, alto astral.” Deixou o emprego de vigilante no fim do ano passado, embora ainda não tenha carro nem casa própria, para redobrar a aposta na profissão que sonha seguir.

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