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Polícia faz buscas na sede do principal partido de direita da França

FOTO: EFE

A polícia da França está realizando buscas desde a manhã desta quarta-feira (9) na sede do Reagrupamento Nacional (RN), partido de direita que tem como principal expoente Marine Le Pen, no âmbito de uma investigação por suposta prática de financiamento ilegal.

– Todos os e-mails, documentos e elementos de contabilidade do primeiro partido da oposição foram apreendidos, sem que nós saibamos, neste ponto, quais são precisamente as acusações – declarou Jordan Bardella, presidente do RN e afilhado político de Le Pen, em sua conta na rede social X.

Bardella afirmou que sabem apenas que a busca visa à “atividade eleitoral do partido” – tanto em campanhas regionais quanto presidenciais, legislativas e europeias – e consideram que a operação, realizada pela brigada financeira e anticorrupção da polícia, é uma manobra de “assédio”.

– Trata-se de um grave ataque ao pluralismo e à alternância democrática. Nunca antes um partido da oposição havia sido alvo de um ataque tão encarniçado sob a V República – criticou Bardella.

Os policiais se apresentaram às 8h50 (horário local, 3h50 de Brasília) acompanhados de dois juízes de instrução e, segundo vazamentos para a imprensa local, as investigações se referem a uma acusação de financiamento das campanhas eleitorais do partido de direita através de empréstimos de militantes.

Nas eleições legislativas de 2024, o RN se tornou o segundo bloco com mais deputados na Assembleia Nacional (superado apenas pela coalizão dos partidos de esquerda) e o primeiro em termos de voto popular. As novas buscas, por sinal, ocorrem apenas alguns meses depois da condenação da legenda e de seus principais líderes, incluindo Marine Le Pen, pelo suposto de fundos públicos do Parlamento Europeu.

Le Pen foi condenada a quatro anos de prisão, dois deles em regime fechado, embora possa cumpri-los em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica, e a cinco anos de inabilitação para cargos públicos, cuja aplicação é imediata. Embora possa manter seu atual assento na Assembleia Nacional, a pena implica que poderá ficar impedida de se candidatar às eleições presidenciais francesas de 2027.

EFE

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