Uma operação da Força-Tarefa da Polícia Civil deflagrada no Oeste Potiguar resultou na prisão em flagrante de dois homens que são suspeitos de desviarem material da Petrobras, nessa quinta-feira, 21. Os policiais conseguiram apreender uma carga de metais que estava com nota fiscal falsa. Todo o material tinha como destino uma empresa de sucata localizada em Mossoró.
Foram presos em flagrante pelo crime de peculato, José Adielson Andrade Vieira, 57 anos, funcionário da Petrobras; e João Francisco Martins Fernandes, 36 anos, funcionário de uma empresa terceirizada. As investigações revelaram que o esquema envolvia funcionários da Petrobras, funcionários de empresas terceirizadas e proprietários de empresas de sucata.
A logística criminosa funcionou da seguinte forma: um veículo buscou a sucata em uma base da Petrobras, localizada na cidade de Alto do Rodrigues para ser levada até Mossoró. Durante o trajeto, o motorista foi abordado pelos policiais e por fiscais da Secretaria de Tributação. Quando as equipes solicitaram a apresentação da nota fiscal da carga, o motorista exibiu uma nota fiscal original, mas em tal documento estava discriminado apenas uma parte da carga. Uma outra nota falsa era emitida para o restante da carga e assim, os suspeitos conseguiam realizar o desvio da mercadoria. Diante da materialidade do crime, os policiais aprenderam toda a carga.
Os dois funcionários que emitiam as notas em nome da Petrobras foram conduzidos para Delegacia Especializada em Furtos e Roubos (DEFUR) de Mossoró e autuados pelo crime de peculato. “Diante de toda a descoberta deste esquema criminoso, a Polícia Civil encaminhará o caso para a Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (DEICOR). Acreditamos que o crime efetuado envolveu uma grande quantia de dinheiro, a qual será contabilizada pela Petrobras. Além disso, as investigações continuarão, pois outras pessoas podem estar envolvidas. Precisamos, por exemplo, delimitar a participação do dono da sucata que estava recebendo o material ilícito”, detalhou o delegado-geral adjunto da Polícia Civil, Odilon Teodósio.