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Polícia Civil investiga duas lojas de joias suspeitas de comprar e derreter peças de ouro furtadas em Natal

FOTO: CEDIDA

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte investiga pelo menos duas lojas de joias de Natal suspeitas de comprar e derreter peças de ouro furtadas. Uma das vítimas teve prejuízo de mais de R$ 40 mil.

A investigação foi iniciada depois que um casal procurou a Delegacia Especializada de Furtos e Roubos para registrar o furto de várias joias da mulher.

Durante as investigações, a polícia chegou a uma mulher que trabalhava na casa da família. Ela confessou o crime e levou os investigadores a duas lojas da cidade, onde teria vendido os produtos – uma fica localizada dentro de um shopping no bairro Candelária, na Zona Sul de Natal, e outra em um supermercado do bairro Igapó, na Zona Norte da capital.

Ainda de acordo com a suspeita, ela já teria levado outras joias, outras vezes, aos mesmos estabelecimentos.

“Ou seja, indiretamente, ela reconheceu outros crimes do mesmo tipo. Ela está respondendo em liberdade, porque não houve flagrante, mas confessou e quer fazer um acordo com a família”, disse a delegada.

Ela deverá responder por furto qualificado por abuso de confiança, com pena que varia de 2 a 8 anos de prisão.

A polícia apontou que um bracelete avaliado em R$ 5 mil, foi comprado por cerca de R$ 700. Por uma corrente avaliada em R$ 10 mil, uma das lojas pagou R$ 1,7 mil.

Confissão

Segundo a delegada, os responsáveis pela loja de Igapó confessaram o crime de receptação e informaram que as peças foram derretidas para fazer outras joias de ouro. A loja quer fazer um acordo de persecução penal, para devolver pelo menos os valores aos proprietários, porém ser responder penalmente.

Por outro lado, a dona da loja que fica localizada no shopping da Zona Sul negou o crime, mas já foi presa em outra ocasião por compra de ouro roubado, segundo a polícia. O crime investigado no caso das lojas é o de receptação qualificada, cuja pena pode variar entre 3 e 8 anos.

Investigações

Segundo a Delegacia Especializada de Furtos e Roubos, pelo menos seis furtos de joias foram registrados em dezembro deste ano na capital potiguar. Em cada um deles, as vítimas tiveram prejuízo superior a R$ 33 mil, já que a unidade só recebe casos que envolvem valores acima de 30 salários mínimos.

Em quase todas as ocorrências, os crimes foram cometidos por trabalhadores domésticos, segundo a delegada Danielle Filgueira.

“Nossa recomendação é que as vítimas procurem uma delegacia para registrar a ocorrência e que as lojas não comprem joias de procedência duvidosa. O problema não é o fato de comprar ouro, mas se ela paga R$ 1 mil por um produto de R$ 10 mil, ela sabe que aquilo não tem uma procedência certa”, explicou a delegada Danielle Filgueira.

G1RN

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