Ex-ajudantes de ordens atuaram em conluio com Jair Bolsonaro, e seu advogado, Frederick Wassef, para cometer crimes de peculato e enriquecimento ilícito, segundo investigadores da Polícia Federal (PF).
No relatório que deu origem aos pedidos de busca e apreensão efetuados nesta sexta-feira (11/8), a PF aponta que as mensagens trocadas entre os ex-assessores mostram que havia “um esquema de peculato para desviar ao acervo privado do ex-Presidente da República, Jair Bolsonaro, os presentes de alto valor recebidos de autoridades estrangeiras, para posterior venda e enriquecimento ilícito do ex-Presidente”.
Para os investigadores, o que ocorreu com a venda de presentes no exterior do país, objeto da operação, foi um desvio de bens de alto valor patrimonial entregues por autoridades estrangeiras ao ex-Presidente da República “ou agentes públicos a seu serviço” e posterior ocultação com o fim de enriquecimento ilícito.
Além disso, a PF encontrou mensagens que demonstram que Marcelo Camara e Mauro Cid, ex-ajudantes de ordens, tinham plena ciência das restrições legais da venda dos bens no exterior, como em uma comunicação em que Camara diz: “O problema é depois justificar e para onde foi. De eu informar para a comissão da verdade. Rapidamente vai vazar.”
Metrópoles