A Polícia Federal visitou um endereço no chamado nobre bairro do Tirol, em Natal, nesta sexta-feira (8).
Na mira, uma mulher investigada por crimes de estelionato qualificado, falsificação de documento público e uso de documento falso. No alvo, o recebimento de aposentadoria e pensão por morte por uma mulher que, atualmente, teria 100 anos de idade. A fraude envolveu a falsificação de documentos, desvio de recursos públicos e vinha sendo praticada há três anos.
É a Operação Centenária, em que os policiais cumpriram mandado de busca e apreensão expedido pela 2ª Vara da Justiça Federa no RN.
Segundo a PF, a investigação começou após um alerta da Receita Federal, que identificou o uso de um documento de identidade falso utilizado para reduzir a idade de uma viúva de um ex-servidor da instituição, hoje falecida, de 100 para 62 anos.
Nas lupas de análises, a PF descobriu que a falsificação foi realizada pela filha da mulher, que utilizou uma foto sua (selfie) junto com o documento adulterado para alterar os dados cadastrais de CPF da mãe e continuar recebendo os benefícios após seu falecimento, em setembro de 2021.
A motivação da fraude foi a continuidade do recebimento de dois benefícios indevidos. O primeiro, de uma aposentadoria de professora da UFRN, no valor mensal de R$ 4.952,00. O segundo benefício era uma pensão por morte, proveniente do ex-servidor da Receita Federal, que pagava mensalmente cerca de R$ 26 mil. A Polícia Federal estima que a fraude tenha causado um prejuízo de mais de R$ 1 milhão aos cofres públicos.
A pessoa, que não teve nome divulgado, investigada responderá pelos crimes de estelionato qualificado, falsificação de documento público e uso de documento falso. As penas máximas em cada caso podem chegar a seis anos de reclusão e multa.
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