
Desde as primeiras horas desta quinta-feira (25/06), policiais federais percorrem as ruas do Distrito Federal, São Paulo e do Rio de Janeiro para cumprir 17 mandados de busca e apreensão e 12 de prisão no âmbito da Operação Fiat Lux, um desdobramento da operação Lava Jato. O esquema investigado mira responsáveis por contratos fraudulentos e pagamento de propina na Eletronuclear.
Um dos alvos é Silas Rondeau (MDB), ministro das Minas e Energia entre 2005 e 2007 (no segundo governo Lula). O ex-deputado federal Anibal Ferreira Gomes, filiado ao DEM, também é alvo dos agentes.
A Lava Jato pediu, como parte da ação, o sequestro dos bens dos envolvidos e de suas empresas pelos danos materiais e morais causados no valor de R$ 207 milhões.
Até às 8h50, dois homens haviam sido levados para a Superintendência da Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro.
A PF constatou irregularidades no processo de licitação de obras da Usina Nuclear de Angra 3, em Angra dos Reis, no litoral sul fluminense. As investigações mostram a existência de um clube de empreiteiras atuava para desviar recursos da Eletronuclear, principalmente os destinados às obras da Usina Nuclear de Angra 3.
O esquema é semelhante ao que ocorreu na Petrobras, em que 16 empreiteiras rivalizavam entre si e dividiam os contratos da estatal. Esse agrupamento ficou conhecido como “Clube Vip”.
O juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro expediu os 17 mandados de busca e apreensão e 12 de prisão temporária. No Rio, a operação ocorre na capital, em Niterói e Petrópolis.
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