A Polícia Federal (PF) abriu inquérito para investigar se o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cometeu crime de prevaricação, durante as negociações para a aquisição da vacina indiana Covaxin. A informação foi revelada pela coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo, e confirmada pelo Metrópoles.
Segundo o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), Bolsonaro foi informado sobre as suspeitas de contrato superfaturado e teria prometido mandar o caso para a Polícia Federal. O inquérito para apurar o caso Covaxin só foi aberto, contudo, em 30 de junho, após a denúncia ser publicamente divulgada. Líder do governo na Câmara, o deputado Ricardo Barros (PP-PR) estaria envolvido no esquema.
A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber aceitou, no último dia 2, pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para autorizar abertura desse outro inquérito que irá investigar se mandatário do país cometeu o crime de prevaricação.
No despacho, a ministra autorizou que a PGR requisite informações a vários órgãos, e tome depoimentos dos envolvidos – dentre os quais, o presidente Bolsonaro e os irmãos Miranda. O prazo inicial da apuração é de 90 dias. “Após, encaminhem-se os presentes autos à Polícia Federal, para a realização das diligências indicadas pelo dominus litis, além de outras que a autoridade policial entenda pertinentes ao esclarecimento dos fatos sob apuração”, complementou Rosa Weber.
A Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República foi procurada para se manifestar sobre a abertura de inquérito, mas não se pronunciou até a última atualização desta reportagem. O espaço segue aberto.