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Pessoas que falam palavrão são mais honestas, mostra estudo científico nos EUA

GOTO: ILUSTRAÇÃO

Em quais momentos você usa palavrões? Segundo uma pesquisa realizada por cientistas da Universidade de Maastricht, na Holanda, provavelmente nos momentos em que  você está sendo mais honesto.

No estudo, que será publicado ainda neste ano no periódico Psychological and Personality Science, os pesquisadores explicam que entender a relação entre os xingamentos e a honestidade pode ajudar na compreensão do comportamento das pessoas — como em interrogatórios, por exemplos.

A pesquisa foi dividida em três fases. Na primeira, os cientistas fizeram entrevistas com 276 voluntários, nas quais perguntaram quais eram seus palavrões favoritos e com qual frequência soltavam xingamentos. Em seguida, eles tiveram que responder perguntas de uma versão do Questionário de Personalidade Eysenck.

O teste é utilizado há décadas para definir algumas características das pessoas. Neste caso, os pesquisadores usaram uma escala de confiabilidade para determinar se os candidatos eram mentirosos ou não.

Na segunda etapa, os cientistas analisaram mais de 70 mil interações nas redes sociais nas quais palavrões foram utilizados, buscando por palavras que indicassem honestidade — estudos prévios mostraram que “eu” e “mim” costumam ser usados quando as pessoas estão sendo verdadeiras, por exemplo.

Por último, foram estudados os índices de integridade, relatórios conduzidos pelo Centro Integridade Pública dos Estados Unidos, de 48 estados americanos. Os dados gerais foram comparados com os invidividuais coletados pelo Facebook dos moradores de cada estado, e os pesquisadores buscaram a relação entre a frequência em que as pessoas falavam palavrão e o índice de integridade do estado nos quais elas moravam. Os moradores de Connecticut e Nova Jersey, por exemplo, foram os mais bocas suja, porém esses estados eram os que tinham os valores mais altos no índice de integridade.

“Queríamos respostas empíricas sobre a relação entre profanidade e honestidade”, escreveram os cientistas. “Nas três etapas, tanto nos níveis individuais quanto coletivos, encontramos um uso maior de profanidades associado com honestidade.”

Essa não é a primeira vez que cientistas estudam os efeitos dos palavrões no comportamento das pessoas. Uma pesquisa do Marist College e do Massachusetts College of Liberal Arts, nos Estados Unidos, afirmou que quem fala palavrão tem um vocabulário melhor. Outra pesquisa explica ainda o motivo pelo qual falar palavrão é tão gostoso.

Revista Galileu

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