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Pesquisadores propõem criação de nova área de proteção ambiental costeira-marinha no RN

FOTO:CANINDÉ SOARES

Há mais de uma década a Oceânica, Organização da Sociedade Civil (OSC), realiza pesquisas e ações no litoral sul potiguar. Os resultados das pesquisas mostram a alta riqueza de espécies na região de Pirangi. Por ser  uma área notável para a Biodiversidade Brasileira, deve ser cuidada. A criação de uma Área Protegida Costeiro-Marinha é uma importante estratégia de ordenamento e conservação da natureza. Este é o assunto da live Oceânica que acontece nesta terça (16) no Youtube, às 20h, com o lançamento do livro digital gratuito “APA RECIFES DE PIRANGI – Proposta de Criação de Área Protegida Costeiro-Marinha no Rio Grande do Norte”.

De acordo com Lígia Rocha, coordenadora do Projeto Ponta de Pirangi,  “a publicação deste livro possibilita a todos os interessados não apenas conhecer a proposta de criação da APA Recifes de Pirangi já entregue ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), mas também ampliar o reconhecimento da pluralidade de agentes sociais envolvidos, de formas de uso do litoral e de estratégias de conservação, mobilização popular e ordenamento que vêm sendo desenvolvidas desde 2010 na busca da sustentabilidade no litoral potiguar”. Tanto a publicação do livro como seu lançamento são ações previstas na Fase 3 do Projeto Ponta de Pirangi, realizado pela Oceânica e patrocinado pela PETROBRAS através do Programa Petrobras Socioambiental e Governo Federal.

Espécies ameaçadas

Reconhece-se hoje a existência de uma rica biodiversidade no litoral sul potiguar, com mais de 500 espécies, sendo algumas ameaçadas de extinção (tartaruga-de-pente, peixe-boi marinho, tubarão-lixa, entre outros) e algumas visitam a região sazonalmente, como as baleias jubarte. “Como existem inúmeras formações recifais e outros ambientes marinhos ainda não estudados, certamente a riqueza biológica local descrita está subdimensionada”, explica Ligia.

Ações

O trabalho para a proposta da APA envolve a geração de conhecimento, educação e conservação. Várias ações fortaleceram a elaboração da proposta, como o “Primeiro Workshop Linhas Prioritárias de Ação Integrada no Litoral Potiguar” com a participação de pesquisadores e técnicos do RN que atuam no litoral; o Monitoramento da Praia de Búzios (Nísia Floresta), com enfoque nas temporadas reprodutivas das tartarugas marinhas e circulação de veículos; o Mapeamento Ambiental Marinho com base no conhecimento dos pescadores e pescadoras, e a série de Fóruns “Que Litoral Queremos?” para discutir com a sociedade litorânea os usos,  conflitos socioambientais vividos e as sugestões para amenizá-los.

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