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‘Perigoso’: Israel critica Brasil por liberar entrada de navios de guerra iranianos em porto do Rio

FOTO: REPRODUÇÃO

Depois de autoridades americanas, foi a vez de Israel criticar o Brasil por autorizar a entrada de dois navios de guerra do Irã no porto do Rio de Janeiro. As embarcações Iris Makran e Iris Dena atracaram no domingo, 26, e devem ficar na Baía de Guanabara até sábado, 4 de março, apesar das críticas de países inimigos do Irã.

Lior Haiat, porta-voz do ministério das Relações Exteriores de Israel, publicou uma nota em seu Twitter chamando de “perigosa e lamentável” a ação brasileira. “O Brasil não deve conceder nenhum favorecimento a um estado maligno, responsável por inúmeras violações dos Direitos Humanos contra seus próprios cidadãos, executando ataques terroristas em todo o mundo e proliferação de armas para organizações terroristas em todo o Oriente Médio”, escreveu o porta-voz.

E completou: “Este é o momento de seguir os passos dados pela UE, EUA, Canadá, Austrália, Japão e muitos outros países, e se referir ao regime iraniano como o que realmente é: uma entidade terrorista. Ainda não é tarde para ordenar aos navios que saiam do porto”.

A Marinha do Brasil autorizou que os dois navios de guerra iranianos atracassem no porto do Rio de Janeiro mesmo depois de uma solicitação dos Estados Unidos para que não fosse permitida a entrada. A data de atracação chegou a ser alterada durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao americano Joe Biden, no final de janeiro.

Os Estados Unidos sancionam o Irã, mas o Ministério das Relações Exteriores do Brasil não reconhece sanções unilaterais, apenas aquelas impostas pelo Conselho de Segurança da ONU, o que impacta apenas comércio de armas e material nuclear.

Ainda assim, o senador americano do Partido Republicano Ted Cruz ameaçou o Brasil com sanções. Se o governo não o fizer, o Congresso deve forçá-los a fazê-lo”, disse Cruz, que integra a Comissão de Relações Exteriores do Senado, onde o Partido Democrata, do presidente Joe Biden, tem a maioria.

Estadão

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