O segmento das micro e pequenas empresas sinaliza a tendência de retomada do emprego celetista no Rio Grande do Norte. Na contramão das médias e grandes empresas, os pequenos negócios contribuíram para que o estado encerrasse o ano com um saldo positivo de 848 vagas de emprego formal – aqueles com registro na carteira – após registrar no ano anterior um saldo negativo de 15.653 postos de trabalho. O saldo é a relação entre a quantidade de pessoas contratadas menos as que foram demitidas. No mês de dezembro, o saldo ficou negativo em 2.851 empregos no estado. Os números fazem parte de um relatório feito pelo Sebrae com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho sobre a situação do emprego no Brasil.
A análise confirma que o segmento das micro e pequenas empresas tem sido relevante para a retomada do ritmo de novas contratações no estado. Segundo o estudo, entre janeiro e dezembro do ano passado, os pequenos negócios contribuíram para aquecer o mercado ao contratar 4.565 pessoas a mais do que demitir. Já as corporações de médio e grande portes demitiram mais que contrataram em todos os meses de 2017. E, por isso, chegaram ao fim do ano com uma baixa de 3.717vagas.
O setor que alavancou as admissões foi de serviços com 3.076 empregos criados, seguido do comércio (540) e do agronegócio (355). Já o setor industrial foi o recordista em demissões com um saldo negativo de 1.573 vagas. A perda de postos de trabalho na construção civil também foi expressiva em 2017. O saldo ficou negativo em 1550 vagas.
Em dezembro, as empresas de todos os portes no Rio Grande do Norte, inclusive as da administração pública, tiveram a defasagem de postos de trabalho. Os pequenos negócios, no entanto, apresentaram as menores baixas, com um saldo negativo de 1.122 vagas. Já as empresas de médio e grande porte tiveram um déficit de 1.729 vagas.
Nacional
No Brasil, os pequenos negócios acumularam um saldo de aproximadamente 330 mil novos empregos, nos últimos 12 meses, na contramão das médias e grandes empresas, que foram responsáveis pela extinção líquida de 350 mil postos de trabalho neste mesmo período.
O acumulado do ano aponta ainda que praticamente todos os setores obtiveram resultado positivo, com destaque para as MPE do setor de Serviços, com um saldo de 206,4 mil postos de trabalho formais gerados, seguidas das do Comércio, com 90 mil novos empregos.
Apenas os setores da Construção Civil e da Extração Mineral registraram saldos negativos de 6,4 mil e de 2,1 mil, respectivamente. Ao longo do ano, com exceção dos meses de março e dezembro, as micro e pequenas empresas apresentaram número de contratação superior ao de demissões no país assim como no Rio Grande do Norte.
Em função da sazonalidade, as empresas, de um modo geral, apresentam saldos negativos de empregos todos os anos no mês de dezembro, que em 2017 foram puxados pela Indústria e pelo setor de Serviços. No último mês do ano passado, os pequenos negócios registraram o saldo negativo de 164 mil empregos, enquanto as médias e grandes empresas computaram também saldo negativo de 147 mil empregos.
Fonte: Agência Sebrae