O socialista Pedro Sánchez obteve o apoio para a sua posse de uma maioria absoluta de 179 dos 350 deputados na Espanha. O apoio dos sete deputados ligados ao separatista catalão Carles Puigdemont, graças ao polêmico acordo de anistia aos independentistas, foi fundamental para que ele permanecesse no cargo por mais quatro anos.
Durante todo o processo de negociação de Sánchez com partidos minoritários, a fim de conquistar mais da metade do Congresso, o cenário político espanhol se mostrou bastante instável. Tanto no Parlamento como nas ruas, onde estão acontecendo diversos protestos.
O segundo dia de debates começou com a fala da representante do partido basco Euskal Herria Bildu (EH Bildu), Mertxe Aizpurua. Ela confirmou o apoio a Sánchez e declarou: “somos nós, os independentistas e soberanistas, que impedimos hoje que o bloco reacionário chegue ao poder”. Aizpurua também ressaltou que a próxima legislatura, que “começa hoje”, será extremamente complexa e exigirá “alta política”.
Na véspera, em tom conciliador, Sánchez havia dito que era necessário alcançar consensos, porque “para isso serve a democracia, para tecer acordos entre diferentes e superar as diferenças”.
Aitor Esteban, porta-voz do Partido Nacionalista Basco (PNV), também interveio nesta manhã. Ele elogiou a “valentia” contida no acordo de anistia para os independentistas e criticou as manifestações que estão sendo realizadas como uma tentativa de impedir a aprovação da lei e a investidura de Pedro Sánchez.
Metrópoles