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Pastor preso por estupro divulgava culto com “martelinho consagrado”

FOTO: REPRODUÇÃO

Nas redes sociais, Júlio César Aparecido Pereira dos Santos, de 40 anos, compartilhava as ações e os eventos religiosos que comandava. Conhecido como Pastor César, o homem divulgava culto com a distribuição do “martelinho consagrado” para fiéis de sua igreja na Vicente Pires. O instrumento, segundo o religioso, era “abençoado” e supostamente ajudaria integrantes da igreja a resolver problemas judiciais e financeiros com ajuda divina.

O líder espiritual foi preso preventivamente no último sábado (6/4) por estupro contra missionária de 41 anos.

O pastor praticou o estupro mais recente contra uma missionária de 41 anos, segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Para os investigadores, Júlio César se aproveitou da influência como líder religioso para convidar a vítima a um monte em Samambaia, supostamente um encontro para orações. Ao dar carona para a mulher, porém, o abusador desviou o caminho e a estuprou na casa dele.

Ao saber da denúncia feita à polícia pela vítima, o criminoso encaminhou um áudio à mulher, para tentar fazê-la voltar atrás com o registro da ocorrência. As investigações são comandadas pela 38ª Delegacia de Polícia (Vicente Pires).

Apesar de a prisão preventiva ter relação com o crime contra a missionária, o homem tem envolvimento com outros crimes. O líder religioso, que havia violentado uma menina de 9 anos, em 2020, fez mais uma vítima em fevereiro último, mesmo ano em que foi condenado pelo crime contra a criança.

“O pastor tem passagens [ficha criminal] pela prática de delitos, como violência doméstica, tráfico de drogas, homicídio e furto. No último sábado (6/4), a equipe da 38ª DP cumpriu a prisão preventiva do investigado, com base na Constituição Federal e na legislação vigente”, comentou o delegado-chefe da unidade policial, Pablo Aguiar.

Estupro de vulnerável

Em dezembro de 2020, Júlio Cesar foi denunciado anonimamente pelo estupro de uma criança de 9 anos. O crime, enquadrado na Lei Maria da Penha, teria sido cometido contra uma parente, também em Vicente Pires. O abusador acabou condenado a 16 anos e 3 meses de reclusão por estupro de vulnerável.

Contudo, apesar da condenação, o pastor forneceu endereços incorretos à Justiça, para evitar ser intimado e tentar “fugir” do cumprimento da pena.

Metrópoles

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